Tecnologia

Brasil receberá seis novos BlackBerrys, confirma executivo

Em entrevista a EXAME.com, João Stricker, diretor geral da BlackBerry no Brasil, afirmou que Z10 chega ao Brasil entre março e abril e que novos aparelhos vêm para o país

Z10: smartphone foi lançado na semana passada pela BlackBerry e desembarcará no Brasil entre março e abril (Mario Tama/Getty Images)

Z10: smartphone foi lançado na semana passada pela BlackBerry e desembarcará no Brasil entre março e abril (Mario Tama/Getty Images)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 12h50.

São Paulo – O jogo finalmente começou para a BlackBerry. Depois de dois anos alimentando o mercado com expectativas acerca de seu novo sistema operacional e sem apresentar nenhuma novidade no que diz respeito a smartphones, a empresa deu na semana passada o primeiro passo em sua ambiciosa, e decisiva, estratégia de renascimento.

Em um evento global nas principais capitais do planeta, a companhia anunciou a troca do seu nome, de Research in Motion (RIM) para BlackBerry, lançou dois novos smartphones (Z10 e Q10) e enfim apresentou seu aguardado sistema operacional, o BlackBerry 10.

Mas será que a empresa está mesmo pronta para disputar de igual para igual com rivais como Apple e Samsung? Em entrevista a EXAME.com, João Stricker, diretor geral da BlackBerry para o Brasil, se mostrou otimista em relação à nova fase da ex-RIM e falou mais sobre a estratégia para a retomada de crescimento da empresa.

EXAME.com - O primeiro smartphone a chegar ao mercado com a nova plataforma, BlackBerry 10 (BB10), é o Z10. Quando veremos o smartphone no Brasil e quanto custará?

João Stricker - Não tenho data certa. Ainda estamos trabalhando em homologação e testes com operadoras. Mas vamos começar os eventos na América Latina pela Venezuela no dia 12 de março e, a partir daí, seguimos para outros países. O lançamento por aqui será em torno desta data. Quanto ao preço, o que comento é que buscamos seguir no mesmo nível dos nossos concorrentes, como iPhone 5 e Galaxy S III.

EXAME.com - Durante a CES, um executivo disse que a empresa irá lançar seis novos aparelhos em 2013 e que atenderiam a várias faixas de preço. Você confirma essa informação? Quantos chegarão ao Brasil?

Stricker – Confirmo. Estamos começando no high end, mas vamos desenvolver para segmento médio e baixo. Não posso especificar preço, até porque isso mudará ao longo do tempo. Quanto ao Brasil, vamos começar os lançamentos com o Z10, depois o Q10, em seguida um smartphone para a faixa média e assim por diante até que todos os seis estejam no mercado.


EXAME.com - BlackBerry World está com cerca de 70 mil apps, muito abaixo de rivais como App Store e Google Play. Qual será a estratégia para atrair os desenvolvedores?

Stricker – Trabalhamos a plataforma BlackBerry 10 junto com os desenvolvedores. Com ela, eles podem desenvolver em HTML 5, que conhecem bem. Ou seja, para desenvolver para nós, não precisam sair da sua zona de conforto.

Além disso, temos disponível o Runtime for Android, que permite que os desenvolvedores assinem e coloquem seus apps na BlackBerry World em poucos minutos. Cerca de dois terços dos apps na Google Play podem ser levados desta maneira para a nossa loja, um volume muito alto. Portanto, a expectativa é que o número de apps para BB10 aumente consideravelmente nos próximos meses. 

EXAME.com – Mas e os grandes players no mercado de apps? Como convencê-los a desenvolverem versões para BB10?

Stricker – Temos uma área para trabalhar com os maiores desenvolvedores regionais e estamos muito próximos deles. Há também a área global da BlackBerry, que conta com uma equipe que lida com os grandes players globais.

E estamos trabalhando com eles para garantir que estejam presentes em nossa plataforma. Esperamos que, em breve, todos os grandes apps estejam no BB10.

EXAME.com – Quais os principais destaques do novo sistema operacional, o BlackBerry 10?

Stricker – Um ponto fundamental é lembrar que a plataforma é totalmente nova. Não é um upgrade. Nesse sentido, destaco cinco inovações que nossos concorrentes não têm. Uma delas é o Hub, que reúne toda a comunicação do usuário. Outra é o Flow, que permite que todas as aplicações rodem ao mesmo tempo.

Incluo também o teclado virtual, que, graças a tecnologias de propriedade da BlackBerry, está muito preciso. Além disso, há o Screesharing para a realização de vídeo chamada entre usuários e que ainda permite que eu compartilhe e realize a edição de um documento junto com outra pessoa. Por fim, o Balance que permite a separação do aparelho em diferentes perfis como, por exemplo, o profissional e o pessoal.

EXAME.com - Batalhar por usuários com Android e iOS não será uma tarefa fácil. Qual será a estratégia para chamar a atenção dos consumidores?

Stricker – No Brasil, hoje, temos 42% de participação em grandes empresas e isso mostra que este mercado será um dos nossos focos. Vamos atender o mercado corporativo com base em dois pilares: o Balance que supre totalmente a necessidade deste público, e o software da BlackBerry que se comunica com o BB10. Outro mercado é o jovem, que realmente se conectou com a comunidade do BlackBerry Messenger. Por isso, buscamos evoluir em browser e multimídia. 

A concorrência será forte, mas estamos seguros com as inovações que temos e que vão nos ajudar a crescer. E também temos 70 milhões de clientes no mundo inteiro. Ou seja, existe uma base de usuários que está ansiosa por nossas novidades, além, é claro, dos novos consumidores. 

Acompanhe tudo sobre:AppsBlackBerryCelularesEmpresasIndústria eletroeletrônicaSmartphones

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble