Oceano: atualmente, o Brasil conta com quatro navios que podem ser usados em estudos oceanográficos (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2012 às 16h44.
Rio de Janeiro - O governo anunciou nesta segunda-feira que investirá R$ 162 milhões na compra de um navio de pesquisa oceanográfica de alta tecnologia graças a um acordo firmado com a Petrobras e a Vale.
Segundo o Ministério de Ciência e Tecnologia, o navio oceanográfico, que será incorporado à frota brasileira em 2013, "estará entre as cinco melhores plataformas de pesquisa do mundo".
Além do investimento de R$ 70 milhões da Petrobras e de R$ 38 milhões da Vale, o Ministério de Ciência e Tecnologia e a Marinha de Guerra deverão investir mais R$ 27 milhões por cada órgão.
"O novo navio de pesquisa hidroceanográfico será equipado com o que há de mais avançado em tecnologia de experimentação marinha", informou o Ministério de Ciência e Tecnologia em comunicado.
Com o anúncio desta aquisição, o governo nacional pretende ampliar a infraestrutura dos estudos marítimos, a geração de conhecimentos sobre as águas do país e a formação de recursos humanos em uma área considerada estratégica para o Brasil.
O interesse do Brasil no Atlântico aumentou significativamente desde que Petrobras descobriu reservas no pré-sal, fato que pode transformar o país em um dos maiores exportadores mundiais de petróleo.
Com a ajuda da embarcação, os pesquisadores poderão fazer estudos nas áreas de química, geologia, biologia e física marinha, segundo o governo.
No entanto, a prioridade "será um inventário dos recursos minerais e de bioprospecção em águas brasileira", um estudo que é de interesse tanto da Petrobras como da Vale.
Atualmente, o Brasil conta com quatro navios que podem ser usados em estudos oceanográficos e polares por pesquisadores de diferentes universidades e centros científicos do país.
Três destas embarcações são operadas pela Marinha: o Navio Hidroceanográfico Cruzeiro do Sul, para estudos oceanográficos, e o Navio Polar Almirante Maximiano e o Navio Oceanográfico Ary Rangel para a realização de pesquisas na Antártida.
A quarta embarcação oceanográfica brasileira é a Alpha Crucis, recentemente adquirida pela Universidade de São Paulo (USP).