Waze (Reuters)
Lucas Agrela
Publicado em 24 de outubro de 2014 às 13h35.
O Brasil está entre os países mais populares do mundo para o aplicativo gratuito de navegação GPS Waze. A cidade de São Paulo tem atualmente 1,5 milhão de usuários ativos mensalmente, segundo dados revelados pela própria companhia em um evento para jornalistas realizado nesta sexta-feira (24/10). O Rio de Janeiro, por contar com uma série de pontos turísticos, também está entre as cidades com mais usuários, somando mais de 500 mil. Há versões do Waze para Android, iOS e Windows Phone.
Entre os países mais importantes para o Waze há também os Estados Unidos, Reino Unido, França e México. Entretanto, a empresa não revela o número de usuários por país. No mundo, são 50 milhões de usuários ativos.
Los Angeles, Nova York e Jacarta (Indonésia) também figuram no ranking de cidades mais populares. Contudo, o Waze não revelou qual é o município no mundo com mais usuários ativos porque os números mudam mês a mês.
Grande parte do lucro da empresa vem de anúncios dentro do aplicativo. Quando decidimos ser uma empresa B to C, com foco no usuário, em vez de ser B to B (com foco em empresas), decidimos que deveríamos oferecer a melhor experiência para o motorista. Um modelo de negócio diferente não nos permitira fazer sempre o melhor para o usuário, afirmou Julie Mossler, diretora global de comunicação do Waze.
A cidade do Rio é pioneira em um projeto de colaboração do Waze com a prefeitura. Os profissionais do serviço público recebem dados em tempo real sobre o trânsito, enquanto o Waze recebe informações que podem ser agregadas aos seus mapas, como, por exemplo, bloqueios de ruas durante obras ou grandes eventos. Não há relações comerciais para isso para a troca de dados, eles são ofertados gratuitamente.
De acordo com Flávia Sasaki, chefe do programa de transmissão e parcerias corporativas do Waze na América Latina, há negociações para trazer a iniciativa também para São Paulo, mas ainda não há previsão exata. Já as cidades de Vitória, no Espírito Santo e Petrópolis, no Rio, já assinaram um contrato de colaboração e, em breve, devem receber os dados assim como faz o RJ.
O Waze também destacou que faz parcerias com veículos de imprensa brasileiros para fornecer informações sobre trânsito aos brasileiros. Nesse caso, também não há relação monetária entre as companhias. A moeda de troca pelos dados oferecidos pelo Waze é a divulgação da marca, informou Flávia.
Apesar da importância do país ressaltada durante o evento de hoje, o Waze atualmente não tem escritório no Brasil.
A empresa disse também que prepara uma versão do Waze voltada para taxistas, mas ainda não há previsão de lançamento oficial.
Mapas offline A empresa informou que não tem intenção de oferecer mapas com navegação offline porque seu negócio está baseado na colaboração de usuários que fornecem informações em tempo real. Mas se você adicionar uma rota e depois desligar a internet do seu aparelho, você pode usar o Waze, afirmou Julie.