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Brasil e China lançarão novo satélite em conjunto

Satélite é parte do chamado Programa de Satélite Chinês-Brasileiro de Vigilância Remota


	A presidente Dilma Rousseff e o presidente da China, Xi Jinping: países firmaram um acordo para lançar ao espaço um novo satélite
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

A presidente Dilma Rousseff e o presidente da China, Xi Jinping: países firmaram um acordo para lançar ao espaço um novo satélite (Wilson Dias/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 15h26.

Rio de Janeiro - Os governos do Brasil e da China firmaram um acordo para lançar ao espaço um novo satélite de observação terrestre no próximo dia 7 de dezembro, o qual deverá substituir o que foi posto em órbita no ano passado e que não alcançou seu objetivo por causa de um problema durante a fase de lançamento, informaram nesta quinta-feira fontes oficiais.

Trata-se do CBERS-4, o quinto dos aparatos desenvolvidos, lançados e operados conjuntamente como parte do chamado Programa de Satélite Chinês-Brasileiro de Vigilância Remota (CBERS).

A data de lançamento do novo satélite foi definida nesta semana no Brasil em uma reunião de delegados do Comitê Conjunto do CBERS, na qual também se decidiu que um sexto satélite, o CBERS-4A, será lançado dentro de três anos, comunicou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O encontro foi liderado pelo diretor do INPE, Leonel Perondi, e pelo presidente da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST), Yang Baohua.

"Os especialistas do INPE e do CAST viemos trabalhando intensamente para lançar o CBERS-4 no dia 7 de dezembro. O satélite será levado à base de lançamento no dia 15 de outubro", afirmou no comunicado o coordenador do CBERS para o Brasil, Antônio Carlos de Oliveira Pereira, citado no comunicado.

De acordo com o INPE, o novo aparato foi submetido com sucesso às provas de resistência elétrica e ambiental, e nos próximos meses será submetido a um teste elétrico-sistêmico de longa duração (por 100 horas contínuas) para simular suas condições em voo.

Como este satélite foi projetado para ter uma vida útil de aproximadamente três anos, ambos os países já começaram a trabalhar no projeto para o desenvolvimento do CBERS-4A, que o substituirá.

Até o momento, foi definido que o sexto satélite será equipado com câmaras desenvolvidas em partes iguais por ambos os países, o que garante um aumento da participação brasileira no projeto.

"Alguns assuntos ainda têm que serem discutidos, mas concluímos o estudo de viabilidade da missão CBERS-4A e produzimos um documento que será encaminhado às agências especiais dos dois países para sua avaliação", disse Pereira.

As delegações de ambos os países também iniciaram as discussões sobre a possível criação de uma nova família de satélites de observação da Terra com a qual possam dar continuidade ao projeto conjunto.

"Discutimos propostas preliminares para os satélites CBERS-5 e CBERS-6, assim como uma possível cooperação para a vigilância ambiental com o uso do satélite SAR (Synthetic-Aperture Radar)", acrescentou o representante do INPE.

Os satélites do CBERS contam com poderosas câmaras que permitem ambos os países terem acesso às imagens de alta resolução para projetos como a vigilância do desmatamento e da expansão urbana, assim como para aplicativos agrícolas e ambientais.

Mediante ao CBERS, um projeto de cooperação especial com duas décadas de história, Brasil e China desenvolveram e lançaram três satélites (CBERS-1, CBERS-2 e CBERS-2B), aos que pretendiam somar o CBERS-3 para substituir o CBERS-2, lançado em outubro de 2003 e que deixou de funcionar em 2010.

O CBERS-3, no entanto, foi colocado em órbita em dezembro do ano passado, mas se perdeu no espaço devido a um problema no lançamento.

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