Tecnologia

Brasil dá largada para 1ª Copa do Mundo com cobertura 4G

O ministro disse que o país superará "amplamente" as previsões sobre usuários do serviço 4G até o final do ano que deverá chegar a quatro milhões de clientes


	"É algo que temos que resolver, porque a telefonia, a televisão digital e o internet são serviços essenciais para o crescimento socioeconômico", disse o ministro
 (REUTERS/Gary Hershorn)

"É algo que temos que resolver, porque a telefonia, a televisão digital e o internet são serviços essenciais para o crescimento socioeconômico", disse o ministro (REUTERS/Gary Hershorn)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2013 às 21h47.

São Paulo - O serviço de banda larga móvel de quarta geração (4G) foi lançado nesta terça-feira em sete cidades brasileiras, dando assim o pontapé inicial que vai transformar a Copa do Mundo de 2014 na primeira com cobertura dessa rede.

O presidente da Telefônica Brasil, Antonio Carlos Valente, afirmou que a nova tecnologia permitirá conexões dez vezes mais rápidas que as oferecidas atualmente pelos serviços 3G e 3G Adicional, durante o lançamento da rede 4G da Vivo, marca comercial do multinacional espanhola no país. Também iniciaram um serviço similar as aoperadoras Oi, TIM e Claro.

"Com a Copa do Mundo de 2014, teremos o primeiro evento de porte mundial com a tecnologia 4G, e acho que será um serviço muito procurado pelos brasileiros e os turistas visitantes", declarou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, presente ao evento da Telefônica.

O ministro disse que o país superará "amplamente" as previsões sobre usuários do serviço 4G até o final do ano, que segundo os cálculos deverá chegar a quatro milhões de clientes.

O ministro destacou também que a entrada em operação da tecnologia de 4G "é um passo para a solução definitiva da internet rural".

"É algo que temos que resolver, porque a telefonia, a televisão digital e o internet são serviços essenciais para o crescimento socioeconômico", disse.

Vivo, Oi, TIM e Claro venceram no ano passado a licitação para a frequência 4G na banda de 2,5 Ghz. A maioria de países opera com frequências de 700 e 800 MHz, e os chips usados nos telefones nesses mercados não servirão no Brasil.

"Pelos altos custos do roaming internacional, é mais aconselhável que o turista compre um chip quando chegar ao Brasil e não gastar com tarifas extras ou adequações de seus aparelhos", justificou Paulo Bernardo.


O ministro disse que o processo de licitação não deu prioridade ao volume de arrecadação, mas às exigências técnicas.

Para o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, no entanto, o início de operações em 4G "fortalecerá o crescimento da economia, gerará mais emprego e põe o Brasil na vanguarda das telecomunicações, inclusive à frente de outros países mais desenvolvidos".

De acordo com Rezende, a Anatel fiscalizará e aplicará as multas correspondentes às operadoras pelo descumprimento dos prazos fixados na licitação.

Segundo o contrato de concessão da rede 4G, as quatro empresas tinham prazo até hoje para começar a comercializar o serviço e implantá-lo em pelo menos 50% do perímetro urbano das seis cidades que serão sedes da Copa das Confederações: Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza.

Em dezembro, a telefonia celular 4G deverá estar disponível em São Paulo Porto Alegre, Curitiba, Manaus, Natal e Cuiabá, cidades que, somadas às anteriores, estão entre as 12 sedes da Copa do Mundo de 2014. No entanto, a Telefónica Brasil antecipou hoje o serviço na capital paulista.

Valente afirmou que na segunda quinzena de maio, o serviço começará a ser oferecido em Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo.

A Oi, por sua vez, começou a comercializar o serviço no Rio de Janeiro, e na segunda semana de maio o fará nas outras cinco cidades onde já tem a cobertura mínima exigida por lei, enquanto a TIM realizou hoje o lançamento de seus serviços.

A Claro, por sua vez, apresentou na semana passada sua oferta, com uma cobertura que, além das seis cidades exigidas pelo contrato para hoje, inclui o serviço em Porto Alegre, Curitiba, Paraty, Búzios e Campos de Jordão.

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