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Brasil começa compra de satélite geostacionário até outubro

O satélite geoestacionário é fundamental para atender a cerca de 1,2 mil municípios que ainda não têm banda larga por questões geográficas


	Satélite: a compra e fabricação do satélite será feita por uma sociedade entre a Telebras e a Embraer
 (Divulgação)

Satélite: a compra e fabricação do satélite será feita por uma sociedade entre a Telebras e a Embraer (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 16h32.

Rio de Janeiro - O processo de compra do primeiro satélite geoestacionário brasileiro deve começar até outubro deste ano, informou hoje (13) o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão. A meta é que o equipamento entre em órbita até dezembro de 2014, prazo estabelecido em acordos internacionais.

Também presidente do Comitê Diretor do projeto, Martinhão reconheceu que colocar o satélite em órbita em dois anos “não será fácil”. Entre os desafios, ele cita a contração dos fabricantes. De acordo com o secretário, isso será feito “por um processo que leve em conta as especificidades técnicas determinadas em um termo de referência”, excluindo a licitação.

“A partir do termo, para atender a demandas do setor de telecomunicação, do Plano Nacional de Banda Larga, e de defesa nacional, será contratada a empresa para a construção do satélite”, declarou, durante o Congresso Latino-Americano de Satélite, realizado no Rio até amanhã (14). O custo estimado incluindo o lançamento é R$ 720 milhões.

Responsável pelas escolhas técnicas, o representante da Telebras, Sebastião Neto, adiantou que o equipamento pesará até 6 toneladas e terá capacidade entre 50 e 60 gigabytes por segundo (GB/s), acima da demanda atual de 35 GB/s. Com isso, segundo ele, atenderá às necessidades do país nos próximos dez anos.

De acordo com o presidente do comitê, o satélite geoestacionário é fundamental para atender a cerca de 1,2 mil municípios que ainda não têm banda larga por questões geográficas, além de suportar a troca de dados da administração pública. Atualmente, para suprir a demanda pública, o país contrata a tecnologia de satélite privados.

“É mais vantajoso economicamente e do ponto de vista do desenvolvimento de tecnologia nacional construir um satélite a continuar a contratar a capacidade de serviços”, avaliou Martinhão. Segundo ele, com o equipamento, é esperado o barateamento de serviços de internet, a atração de tecnologia e a cobertura de defesa em áreas de fronteira e no oceano.

A compra e a fabricação do satélite geoestacionário, sob a supervisão do Ministério das Comunicações, será feita por uma sociedade entre a Telebras e a Embraer.

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