Caixa eletrônico biométrico do Bradesco: “Conseguimos diminuir a fraudes em caixas eletrônicos em 45% com o uso de biometria", disse Candido Leonelli (Alexandre Battibugli/INFO)
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2012 às 16h21.
São Paulo - Os clientes do Bradesco poderão fazer saques nos caixas eletrônicos sem precisar usar o cartão do banco a partir do final do mês de outubro. No lugar do cartão, os correntistas usarão a palma da mão para fazer as transações em equipamentos de autoatendimento com leitores biométricos.
Segundo Candido Leonelli, diretor executivo do Bradesco, 90% da base de 34 mil caixas eletrônicos do Bradesco no país conta hoje com um sensor capaz de identificar o mapa das veias da mão do usuário. O sistema já era usado há alguns anos como substituto do cartão de senhas numéricas. Agora, poderá ser usado no lugar dos cartões de débito.
“Quase metade dos nossos 26 milhões de correntistas já têm o mapa das veias da mão cadastrado. Eles estarão aptos a fazer saques e consultas sem a necessidade do cartão”, afirma Leonelli. O executivo lembra que quem ainda não faz o cadastro da palma da mão poderá procurar uma agência do banco para realizá-lo. “Temos 9 mil sensores biométricos nas agências para fazer o registro”, diz.
O Bradesco investiu cerca de 40 milhões de dólares em sistemas de biometria nos últimos cinco anos. Um dos objetivos foi melhorar a agilidade nas transações – o banco chega a ter 3,8 milhões de consultas e saques em seus caixas eletrônicos por dia. Segundo o instituição financeira, um saque com biometria leva 25 segundos para ser feito, 70% a menos do que no método tradicional. Um tempo menor implica em menos filas na agência e, futuramente, uma quantidade menor de caixas eletrônicos.
O principal incentivo, no entanto, é a melhora na segurança das transações. Hoje, mais de 92% das operações de clientes do banco ocorrem em sistemas digitais de autoatendimento, como a internet e os caixas eletrônicos. Segundo dados da Federação Brasileira dos Bancos, as perdas dos bancos com fraudes eletrônicas aumentaram 60% em 2011. O prejuízo total das instituições foi de R$ 1,5 bilhão.Com a biometria, é possível reduzir as perdas com golpes em caixas eletrônicos que fazem e leitura do cartão e da senha numérica do usuário, conhecido vulgarmente como chupa-cabra. Nele, um aparelho instalado clandestinamente no caixa lê os dados do cartão do correntista, enquanto uma microcâmera capta a senha numérica. Agora, sem a mão do cliente, ficará impossível fazer uma transação.
“Conseguimos diminuir a fraudes em caixas eletrônicos em 45% com o uso de biometria. A expectativa é que esse tipo de golpe deixe de existir quando tivermos toda nossa base de clientes cadastradas”, afirma Leonelli. O Bradesco pretende ter 100% dos clientes e agências com a tecnologia de biometria até o final de 2013.