Tinder: aplicativo de relacionamento está envolvido em nova polêmica (Leon Neal/Getty Images)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 27 de janeiro de 2020 às 17h01.
São Paulo - Dias após o Tinder anunciar a criação de uma espécie de “botão de pânico”, que conecta os usuários às autoridades em caso de problemas, a empresa americana agora enfrenta outro problema, agora de segurança digital. Isso porque o recente recurso incorporado ao programa está compartilhando dados dos usuários do aplicativo com empresas como Google e Facebook.
O compartilhamento das informações ocorre por meio do aplicativo Noonlight, que assessora o Tinder na comunicação do usuários com autoridades policiais. O problema é que o serviço auxiliar repassa parte dos dados coletados para empresas que trabalham com publicidade digital.
Conforme reportado pelo Gizmodo, o Noonlight trabalha em conjunto com empresas como Facebook e YouTube, que pertence ao Google, além de outras companhias que não tiveram seus nomes revelados. Os termos de uso da plataforma deixam claro: “poderemos compartilhar informações com parceiros comerciais, vendedores e consultores que trabalhem com serviços que atuam em nosso benefício.”
O documento, contudo, não deixa claro que tipo de informações são repassadas. Sabe-se que o Noonlight tem acesso a dados sensíveis como nomes, números de telefone e a localização exata do usuário no momento do contato.
Ao Gizmodo, a Noonglight inicialmente negou que trabalhava com empresas externas neste contexto, mas depois retratou a informação e disse que “não comercializa dados”. Isso não significa, porém, que ela não os ceda para tais parceiros, conforme explícito - e aceito pelos usuários - nos termos de uso do aplicativo.