teleferico (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2014 às 10h10.
A rede de teleféricos urbanos mais alta do mundo, a quatro mil metros acima do nível do mar, começou a funcionar nesta sexta-feira entre as cidades bolivianas de La Paz e El Alto com o intuito de aliviar o caótico transporte entre estas regiões vizinhas e incentivar o turismo.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, ativou hoje o dispositivo dos motores do teleférico, uma ciclópica obra que mudou a paisagem de La Paz com suas 77 torres e coloridas estações vermelhas, amarelas e verdes, as cores da bandeira boliviana. Ao contrário dos teleféricos de outras cidades, as cabines de La Paz passam por entre os edifícios da cidade.
"Missão cumprida com o povo de La Paz e a partir daqui para todo o povo boliviano", afirmou o presidente após dar início às operações da linha vermelha, a primeira a funcionar e que, ao longo do ano, se ligará a outras duas linhas.
Uma vez em funcionamento total, as três linhas somarão dez quilômetros, 11 estações e 443 cabines com capacidade para dez pessoas. Poderão transportar até três mil passageiros por hora e sentido, que conectarão El Alto com a residencial zona Sul de La Paz.
As cabines sairão a cada 12 segundos e, no caso da linha vermelha, unirá os centros das duas cidades em, aproximadamente, dez minutos. Atualmente, cerca de 440 mil pessoas se deslocam diariamente entre La Paz e El Alto, que, até agora, eram ligadas apenas por uma estrada. Além disso, a via é um habitual ponto de bloqueio quando ocorrem protestos populares, o que deixa a sede do governo da Bolívia automaticamente isolada.
Toda a construção teve um custo de US$235 milhões. A tarifa será de 3 bolivianos (em torno de R$1); enquanto estudantes, universitários, idosos e deficientes pagarão a metade do preço, explicou à imprensa local o gerente da empresa "Mi Teleférico", César Dockweiler.
A infraestrutura, cujas obras começaram há pouco mais de um ano, foi construída pela empresa austríaca Doppelmayr. Cerca de mil trabalhadores participaram da sua construção, que contou não só com bolivianos, mas também com brasileiros, mexicanos, espanhóis e cubanos, por exemplo.