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BlackBerry quer lei para que apps sejam desenvolvidos para seus smartphones

Para a empresa, conteúdo é essencial para a neutralidade no ambiente móvel

BlackBerry (Divulgação)

BlackBerry (Divulgação)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 23 de janeiro de 2015 às 05h49.

A BlackBerry quer uma lei que determine o desenvolvimento de aplicativos para seus smartphones. Em uma carta aberta, John Chen, CEO da empresa, pediu a medida ao presidente dos Estados Unidos Barack Obama e ao Senado americano, argumentando que essa é uma questão inerente à neutralidade de rede, uma tema em debate constante no país.

Chen pede que os Estados Unidos tornem ilegal o lançamento de aplicativos para Android e iOS se eles não tiverem uma versão para BlackBerry também. 

“Operadoras são como as linhas férreas do século passado, construindo caminhos para o tráfego para todos os pontos do país”, escreveu Chen, na carta. “Mas os vagões viajando nesses trilhos são, no mundo da internet de hoje, controlados não pelas operadoras, mas pelos fornecedores de conteúdos e aplicações.”

A BlackBerry citou também a Netflix, que é favoravelmente engajada no debate pela neutralidade de rede, mas “discriminou” seus dispositivos móveis, apesar de estar presente nas plataformas móveis Android e iOS. Para a empresa, a Netflix se nega a oferecer seu conteúdo aos seus clientes.

Chen lembra que lançou o app de mensagens BlackBerry Message para diversos sistemas, mas a Apple não oferece o iMessage para outros aparelhos exceto pelos que fabrica.

A Microsoft, que também conta com um acervo de apps menor que a Apple e o Google, tomou uma abordagem diferente no passado. Em vez de escrever para o governo americano, a companhia ofereceu incentivos financeiros para atrair desenvolvedores para o Windows Phone. 

Recentemente, a agência Reuters noticiou que a Samsung Electronics estaria interessada em comprar a BlackBerry. A fabricante sul-coreana informou que quer apenas fazer uma parceria com a empresa, porém, nesta semana, o Wall Street Journal reforçou o rumor de aquisição em uma nova reportagem.

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