Tecnologia

Biden irá indicar advogada anti-truste como comissária da FTC

Escolha aponta que os EUA podem estar se posicionado para tomar ações contra gigantes de tecnologia, algumas das empresas mais valiosas do mundo

Lina Khan: professora de Columbia especializada em direito de competição é indicada como comissária da FTC (An Rong Xu for the Washington Post/Getty Images)

Lina Khan: professora de Columbia especializada em direito de competição é indicada como comissária da FTC (An Rong Xu for the Washington Post/Getty Images)

TL

Thiago Lavado

Publicado em 23 de março de 2021 às 10h58.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta segunda-feira, 22, a intenção de indicar a professora e advogada Lina Khan, especializada em legislação anti-truste, para um cargo de comissária da Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês).

A escolha é mais um sinal de que a gestão de Biden fará frente às gigantes de tecnologia, especialmente Google, Facebook, Amazon e Apple — que têm estado diante da lupa dos reguladores nos últimos anos. Khan tem uma forte atuação em direito nas áreas anti-monopólio e anti-truste e é professora de direito na Universidade Columbia.

No início do mês, outro famoso advogado também especializado em concentração de mercado, Tim Wu, foi anunciado como conselheiro especial de Biden sobre tecnologia.

As escolhas apontam que Biden pode estar se posicionando para agir contra as empresas, que estão entre as mais valiosas do mundo.

A posição acontece em um momento de tensão em que Facebook e Google enfrentam investigações anti-truste no país. Recentemente, o Facebook pediu o arquivamento dos processos contra a empresa. A companhia foi processada pela FTC e outros 46 estados americanos, no final do ano passado, por ter incorrido em práticas de antitruste quando adquiriu o WhatsApp e o Instagram.

Também no ano passado, o Departamento de Justiça americano iniciou uma investigação contra o Google, por firmar um acordo de exclusividade para que o mecanismo de buscas seja adotado por padrão em aparelhos da Apple.

A parceria é antiga e importante para ambas as empresas: estima-se que o Google pague de 8 bilhões a 12 bilhões de dólares ao ano para a Apple apenas para que as buscas feitas no iPhone e no navegador Safari sejam processadas no serviço.

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