Guido Westerwelle (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2013 às 11h39.
O governo da chanceler Angela Merkel advertiu neste domingo aos Estados Unidos que "em solo alemão rege a lei alemã" e deixou claro que essa máxima é válida para todos, "para alemães e estrangeiros, para cidadãos e empresas e também para diplomatas e embaixadas".
Em comunicado divulgado hoje, após ser divulgado pela imprensa local que o celular da chancelaria foi grampeado durante mais de uma década pelos EUA da embaixada americana em Berlim, o ministro das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, disse acreditar que Washington compartilha desse ponto de vista.
"A espionagem entre amigos e aliados não é procedente", afirmou o ministro antes de acrescentar que, como está sendo comprovando, estas práticas são além disso "politicamente muito prejudiciais".
A espionagem, argumentou, "ameaça minar os laços" que unem os dois países e que "são cada vez mais necessários para tramitarmos juntos o futuro de um mundo globalizado no século 21".
"Nem tudo o que é possível é também politicamente razoável", conclui o chefe da diplomacia alemã, que na quinta-feira convocou o embaixador americano em Berlim para exigir explicações sobre as atividades dos serviços de espionagem dos EUA.
O comunicado oficial do Ministério, que lembra os Estados Unidos sobre a aplicação da lei local em solo alemão, tornou-se público após duras declarações do ministro do Interior, Hans-Peter Friedrich, para quem "espionar é um delito e os responsáveis devem responder por isso".
Em entrevista ao jornal "Bild am Sonntag", Friedrich deixou claro que "se os americanos grampearam telefones na Alemanha, infringiram a lei alemã em território alemão".
A espionagem significa "violar nossa soberania e é inaceitável", criticou