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BBC transmitirá suicídio assistido de milionário britânico

A emissora britânica registrou os últimos momentos do hoteleiro britânico Peter Smedeley para um documentário que defende a eutanásia

O empresário, que sofria de transtorno neuromotor diagnosticado havia dois anos, tomou veneno na clínica suíça Dignitas (ROBERTO SETTON/VEJA)

O empresário, que sofria de transtorno neuromotor diagnosticado havia dois anos, tomou veneno na clínica suíça Dignitas (ROBERTO SETTON/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2011 às 10h33.

Londres - A emissora pública BBC transmitirá o suicídio assistido de um milionário hoteleiro britânico que foi para a clínica suíça Dignitas para morrer.

O jornal The Daily Telegraph revela nesta quarta-feira seu nome: trata-se de Peter Smedley, de 71 anos, que morreu em dezembro e que, antes de morrer, escreveu cartas a seus amigos expressando o quanto eles haviam significado para ele.

A maior surpresa desses amigos ocorreu quando no serviço dedicado a sua memória receberam o contato de uma equipe da BBC que havia filmado os últimos momentos de Smedley para um documentário do escritor Terry Pratchett, que defende o suicídio assistido.

"Não sabíamos até aquele momento que ele estava no Dignitas, nem sabíamos sobre o filme até que a equipe envolvida no programa procurou-me", disse ao jornal um amigo íntimo de Smedley.

O filme, que será exibido na próxima segunda-feira pela emissora BBC2 com o título de "Choosing to die" (Escolher a forma de morrer, em livre tradução), não identifica Smedley pelo sobrenome. Ele sofria de transtorno neuromotor, diagnosticado havia dois anos.

Amigos o descrevem como "um homem que apreciava a privacidade, mas defendia mudanças na legislação (sobre o suicídio assistido)".

Smedley convidou o diretor do documentário, a quem não conhecia pessoalmente, para acompanhar ele e sua esposa na clínica de Dignitas, onde bebeu o veneno que acabou com sua vida.

O diretor, Pratchett, fez campanha a favor da legalização do suicídio assistido desde que foi diagnosticado com Alzheimer.

Em declarações à imprensa, Pratchett disse ter certeza de que o empresário teria decidido viver por mais algum tempo se tivesse a permissão de suicidar-se em sua própria casa, ao invés de ter de viajar a Suíça, enquanto tinha condições físicas de fazê-lo.

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