Ebola (Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de janeiro de 2015 às 06h20.
O chefe da Missão das Nações Unidas para o Combate ao Ebola (Unmeer), Anthon Banbury, disse na sexta-feira (2) que a África Ocidental não está prestes a livrar-se do ebola, e destacou que a comunidade internacional deve prosseguir seus esforços para combatê-lo.
Banbury, que assumiu o cargo quando a Unmeer foi criada, em setembro último, deixará Accra, a capital de Gana, onde fica a sede da organização, neste sábado (3), sendo substituído pelo mauritano Ismail Ould Cheikh Ahmed.
"Penso que a mobilização deu seus frutos, mas temos ainda um longo caminho a percorrer. Trata-se de um combate muito difícil, e não sabemos o que o futuro nos reserva", declarou em conferência de imprensa.
"O que me preocupa, acima de tudo, é saber quando vamos atingir números mais baixos - o que deverá acontecer já em 2015, estou convencido disso. Mas, com um caso aqui e mais dois acolá continua a ser uma ameaça preocupante para qualquer comunidade em qualquer país", sublinhou, instando a comunidade internacional a não desviar a atenção do ebola até que a epidemia seja contornada.
A Unmeer foi criada para coordenar a lutra contra a doença nos três países mais atingidos (Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri). Foi a primeira missão da ONU especificamente destinada a controlar uma crise de saúde pública.
A epidemia de febre hemorrágica ebola, na África Ocidental, já matou 7.890 pessoas, num total de 20 171 casos registados nos três países mais afetados, segundo o balanço mais recente da Organização Mundial da Saúde, divulgado no dia 28 de dezembro.