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Banda RPM distribui CD de graça na web

O grupo RPM, um dos mais bem sucedidos da história do rock brasileiro, prepara um novo CD. As quatro primeiras músicas já podem ser baixadas na web e têm até capinha

O RPM pretende liberar as músicas do novo CD aos poucos na web. As quatro primeiras já estão disponíveis (Divulgação)

O RPM pretende liberar as músicas do novo CD aos poucos na web. As quatro primeiras já estão disponíveis (Divulgação)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 17 de maio de 2011 às 19h59.

São Paulo — Para quem tem mais de 40 anos, há duas coisas sobre a banda RPM que sempre vêm à mente. A primeira é o sucesso arrasador que o quarteto conquistou no final dos anos 80. A segunda é a curta duração do grupo, que se dissolveu em meio a brigas ferozes no auge do sucesso. Agora, o RPM está de volta e prepara um novo CD, que vai ser distribuído de graça na web.

O plano da banda é ir soltando as músicas aos poucos na internet. Quando todas estiverem prontas, serão reunidas num álbum. Isso deve acontecer em agosto ou setembro. As quatro primeiras faixas já estão disponíveis no site oficial. Lá, também podem ser baixados quatro arquivos PDF que trazem a capinha traseira, o encarte e o rótulo do CD. Assim, quem quiser queimar as músicas em CD, em vez de ouvi-las em MP3, pode fazer um acabamento caprichado.

A estratégia não é nova e vem sendo adotada por artistas de vários países. A venda de CDs está perdendo importância como fonte de receita para os músicos. Em alguns casos, é melhor distribuir as canções de graça para divulgá-las e, assim, atrair mais gente para os shows. No caso do RPM, os muitos anos em que a banda permaneceu inativa fazem com que ela seja pouco conhecida pelos mais jovens. Assim, a divulgação é mais importante que a (pouca) receita que o grupo poderia obter com os CDs.

Sucesso arrasador

Formado em 1983, o RPM ficou conhecido principalmente por seus discos Revoluções por Minuto, de 1985, e Rádio Pirata ao Vivo, de 1986. Juntos, esses dois álbuns passaram de 2,5 milhões de cópias vendidas. O som do grupo é baseado nos teclados de Luiz Schiavon e na voz do baixista e cantor Paulo Ricardo, que assinavam as composições. O guitarrista Fernando Deluqui e o baterista Paulo Pagni completam a formação mais conhecida do quarteto.

A banda teve uma briga feia no final de década de 1980 e se dissolveu em 1989. Depois disso, chegou a se reunir várias vezes em ocasiões específicas, sem muito sucesso. Neste ano, o grupo, novamente com a formação original, ganhou visibilidade depois de um bem sucedido show na Virada Cultural, em São Paulo. Muitas pessoas que nem eram nascidas na época do Rádio Pirata ao Vivo aplaudiram o quarteto. O show deu impulso à volta do RPM, que, além do novo álbum em gestação, já tem uma agenda de apresentações pela frente. Ela inclui a ida ao Rock in Rio, em setembro.

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