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Bancos negociam sistema que dispensa dados do cartão em compras online

Projeto de empresa franco-holandesa é utilizar tokens para todo tipo de transação virtual

Cartões (Sean MacEntee)

Cartões (Sean MacEntee)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2015 às 08h33.

Os pagamentos de compras feitas pela internet com cartão de crédito estão próximos de dispensar a exigência das informações gravadas no plástico físico original, como numeração, data de validade e código de segurança. O fornecimento destes dados aos sites de vendas tem representado uma inconveniência ao consumidor e aberto uma grande porta para o acesso de fraudadores a estas informações, o que tem gerado prejuízos vultosos às instituições financeiras e às operadoras de cartões.

Com o propósito de conferir mais segurança às operações de comércio eletrônico e maior comodidade ao cliente, a Gemalto, empresa franco-holandesa líder mundial em segurança digital, criou e está negociando com bancos brasileiros uma tecnologia que substituirá o fornecimento de todo o conjunto atual de dados por um único número gerado aleatoriamente. Tal número, associado a um determinado cartão, terá validade para uma única operação de compra e será apagado automaticamente sem deixar rastro para uma possível fraude, tão logo a compra seja concluída.

É o que, internamente, a empresa chama de "tokenização" dos cartões de crédito pela semelhança da tecnologia com a utilizada pelos grandes bancos para gerar um Número de Identificação Pessoal (PIN, na sigla em inglês) para autenticar operações de internet banking. O número de identificação pessoal é gerado por um aparelho eletrônico físico ou por aplicativo no computador ou celular (token).

A expectativa da empresa, de acordo com seu diretor, Sérgio Muniz, é associar a tecnologia a uma instituição bancária até o fim deste ano. Segundo o executivo, o projeto vem sendo bem recebido pelos bancos que, apesar de não abrirem os dados, por uma questão de sigilo estratégico, admitem que as fraudes vêm aumentando proporcionalmente ao crescimento das operações de comércio via internet.

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