James Cameron quer transformar o filme num divisor de águas também para o entretenimento doméstico
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2012 às 19h08.
São Paulo - Depois de bater recordes de bilheteria com Avatar, James Cameron quer transformar o filme num divisor de águas também para o entretenimento doméstico. Segundo o diretor, as belas imagens apresentadas em Blu-ray incentivarão as pessoas a comprar tocadores de vídeo em alta definição.
O filme, que arrecadou 102 milhões de reais em bilheteria no Brasil, será lançado na mídia azul e também em DVD no dia 22 de abril. No mundo todo, a pré-venda de Avatar em Blu-ray já contabiliza 35 mil unidades encomendadas.
"Mesmo tendo sido um dos filmes mais pirateados de todos os tempos, Avatar mostrou que a experiência do 3D e das imagens em alta qualidade tem valor. As pessoas foram ao cinema por causa disso", disse Cameron, durante a entrevista coletiva realizada hoje.
Ainda não há previsão para o lançamento de uma versão do disco em 3D, mas o diretor aponta outros dois fatores como diferenciais tecnológicos de seu novo Blu-ray: primeiro, ele sai no formato 16:9, o mesmo utilizado nos cinemas IMAX. Normalmente, os cinemas são em 21:9, o que faz as imagens ficarem esticadas no disco.
Para preservar a qualidade original do filme, o Blu-ray de Avatar também deixa de lado materiais extras e trailers. Assim, um arquivo gigante ocupa todo o espaço do disco e não exige compressão do vídeo em grau elevado.
Cuidado com o 3D mal feito
"Avatar deixou Hollywood interessada no 3D, por causa do sucesso comercial. Mas as produtoras precisam pensar melhor em como vender essa tecnologia", afirmou James Cameron. Segundo ele, não basta os filmes passarem por uma conversão do 2D para o 3D, pois ela não traz a mesma qualidade."O 3D é um processo criativo, e não tecnológico. Fazer a conversão é como transformar o filme preto e branco em colorido", completou o produtor Jon Landau.
As novas TVs 3D que estão chegando ao mercado possuem software de conversão. Mas, para Cameron, esse será um processo secundário na experiência do telespectador. "Os produtores precisarão criar conteúdo 3D em massa para encher essas telas. Principalmente quando se fala em broadcast, como a transmissão esportiva."