asa (Reuters)
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2015 às 16h34.
O primeiro ministro da Malásia, Najib Razak, confirmou que o destroço de avião encontrado na semana passada na Ilha Reunião é do Malaysia Airlines 370, voo que desapareceu misteriosamente no ano passado com 239 pessoas a bordo.
Razak diz estar comprometido em fazer o que for necessário para descobrir o que aconteceu naquele voo. O anúncio foi feito na noite da quarta-feira (5), após análise da parte em um laboratório militar na França.
O destroço é a primeira evidência física da aeronave que desapareceu em março de 2014. Um número gravado em uma parte dos destroços também corresponde a um componente de Boeing 777, disseram especialistas na sexta-feira (31). O MH370 é o único Boeing 777 que caiu no hemisfério sul nos últimos anos e a única aeronave desse modelo que se encontra desaparecida.
O anúncio desta quarta-feira marca um momento importante na procura pelo MH370. Seu desparecimento iniciou uma missão de busca internacional pelo sul do Oceano Índico, sem sucesso. Em janeiro de 2015, o governo malaio classificou oficialmente o desaparecimento do avião como um acidente, declarando que todos os passageiros e tripulação a bordo estavam mortos. Mesmo assim, as buscas por destroços da aeronave continuaram.
Um pedaço de 1,80 m de uma asa de avião foi encontrado semana passada na ilha Reunião, no Oceano Índico, a 3 700 quilômetros da área de busca. Depois de inspecionarem o destroço, investigadores da Austrália, França e Malásia disseram ter um "alto grau de certeza" de que o pedaço vinha de um avião Boeing 777, confirmado pelo anúncio desta quarta.
Segundo os investigadores, a descoberta não irá restringir a área de busca pelo resto do avião, já que as correntes oceânicas podem ter levado o destroço para a ilha. A Austrália, que lidera a busca submarina pelo MH370, afirmou em um comunicado que não irá expandir a área de sua investigação, que atualmente abrange cerca de 120 mil quilômetros quadrados no sul do Oceano Índico. Mas a confirmação é a evidência mais forte de que o avião efetivamente caiu, confirmando o que o governo malaio declarou no começo do ano.
Fonte: Bloomberg