Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2013 às 18h05.
Avaliação de Redação INFO / Ultrabook híbrido aposta em duas telas para poder utilizar o Windows 8 em dois modos.
Obviamente o maior destaque do produto são as duas telas. Medindo 11,6 polegadas cada uma, o design do Asus Taichi 21 é mais conservador do que de outros híbridos como o Vaio Duo 11 e o Yogapad, mas não deixa de ser interessante.
Nada a ressaltar da construção em alumínio, o produto em si passa uma impressão de sobriedade sem exagerar nas cores ou possuir um acabamento ruim. O tamanho da tela traseira parece pequeno se comparado com as bordas pretas, porém uma versão nova do produto apresenta uma tela maior.
O layout do teclado apresenta o mesmo problema de sempre: não estar no padrão brasileiro. Ou seja, para digitarmos símbolos como ? e / temos que utilizar atalhos do teclado. Fora isso, o ponto negativo mais concreto está no tamanho das teclas. O acabamento delas é macio, mas elas são estreitas e levam facilmente a erros de digitação como apertar a tecla SHIFT ao invés da tecla ENTER. O touchpad também se sai mal. Medindo 10,6 por 6,4 cm, ele é de bom tamanho e reconhece comandos multitoque sem maiores problemas.
Movido por um processador Core i5 - 3317U de 1,7 GHz e 4 GB de memória RAM DDR3, o Asus Taichi 21 dá conta das tarefas do dia-a-dia tranquilamente. Como na maioria das vezes, os engasgos de processamento são por causa da GPU relativamente fraca, a Intel HD Graphics 4000 cumpre o seu papel com ressalvas em alguns momentos de instabilidade. No quesito desempenho o híbrido não fica muito atrás de seus concorrentes, mas nos testes de processamento gráfico, ele fica bem aquém dos outros competidores.
Benchmark PCMark 7 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho
Lenovo/Ideapad Yoga 13
Sony/Vaio Duo 11
Samsung/Ativ Smart PC Pro XE700T1C-A01BR
Asus/Taichi 21-CW003H
Benchmark 3DMark11 (em pontos)
Barras maiores indicam melhor desempenho
Lenovo/Ideapad Yoga 13
Sony/Vaio Duo 11
Samsung/Ativ Smart PC Pro XE700T1C-A01BR
Asus/Taichi 21-CW003H
Utilizar o híbrido como notebook é uma experiência muito satisfatória. Claro que a tela frontal Full HD com resolução de 1.920 por 1.080 poderia ser touchscreen, mas mesmo assim ela não é nada reflexiva, e por ser IPS, apresenta cores com boa fidelidade e bom ângulo de visão. A tela externa apresenta a mesma qualidade. Diferentemente de um notebook com tampa de vidro, ela é feita de um vidro especial que aguenta bem a riscos e que é produzido pela própria empresa. As câmeras merecem apenas uma menção, enquanto a frontal filma em 720p, a traseira alcança uma qualidade maior, 1080p, mas não conseguem ir além da qualidade imposta pelos 5 MP de resolução.
Já que falamos do modo notebook, vamos falar do modo tablet. Para acessá-lo basta fechar a tampa do híbrido. Contudo, o modo é desconfortável acima de tudo. Além dos 1,3 quilos, ainda temos que lidar com o calor que emana dos componentes internos. Caso você não queira utilizar o tablet por muito tempo, e acredite, você não vai querer, a tela externa pode ser utilizada de outras maneiras interessantes. Por exemplo, você pode usa-la para refletir a imagem da tela interna, função interessante para apresentações em grupos pequenos, ou estender a sua área de trabalho para as duas telas, algo como utilizar dois monitores.
Para utilizar essas funções é necessário acessar o aplicativo Taichi Home, ele é chamado apertando a quarta tecla a direita da tecla Function. Com o software também podemos configurar outras opções atalhos e consumo de bateria.
Infelizmente não se é possível travar as opções, ou seja, ao fecharmos a tampa do híbrido e abrirmos novamente, a tela traseira não será ativada automaticamente. O que pode parecer uma falha, na verdade é uma boa solução para evitar um consumo maior de bateria caso você esqueça a tela externa ligada acidentalmente.
Por sinal, no quesito bateria o Asus Taichi 21 ficou atrás dos seus concorrentes com duração de apenas 85 minutos em uso intenso no modo notebook e 109 minutos em modo tablet.
No quesito som, o desempenho do híbrido não passou de mediano. Os alto-falantes da marca Bang & Olufsen, conseguem surpreender com um pouco de grave e equilíbrio de tons, mas deixam a desejar no volume. Caso o usuário queira, o áudio pode ser equalizado com o software já incluso MAXX AUDIO Master, o que nos leva ao próximo tópico.
Não é de se estranhar que a Asus tenha enchido o Taichi 21 de aplicativos próprios. Porém, por incrível que pareça, alguns deles são muito uteis. Além dos convenientes Skype e Asus Cloud (serviço com 32 GB de armazenamento gratuito na nuvem), o que mais se destaca é o SuperNote. Tirando as semelhanças gramaticais, compara-lo com o aplicativo da Samsung, S Note, é algo natural. O programa é bem interessante, pois além das diversas opções de formatos e entradas de texto, ele coloca as palavras escritas em linha automaticamente. Um diferencial com relação ao aplicativo da Samsung é que ele não transforma a escrita do usuário em uma fonte pré-definida, mantendo à assim, na forma cursiva, algo não tão bom para quem não é muito hábil. A tarefa de escrever no tablet fica mais fácil com a caneta stylus sensível a pressão que já vem inclusa.
As conexões do Asus Taichi 21 merecem um pouco de nossa atenção. A presença de duas portas USB 3.0, sendo que uma delas é energizada, é um ponto positivo. Além disso, o híbrido possui uma entrada mini-VGA, microHDMI, e misto para fone e microfone. O produto ainda acompanha dois cabos adaptadores: um para USB-ETHERNET e outro microHDMI-VGA. A principal deficiência nesse quesito é a falta de uma entrada SD.
Adotar uma estratégia criativa como a do Asus Taichi 21 tem suas consequências. Apesar do visual inovador, utilizar o híbrido como tablet significa sofrer com o peso e com o calor do produto. Nos outros quesitos, como desempenho e usabilidade, ele briga cabeça-a-cabeça com seus concorrentes. E isso faz com que o fato preço se destaque.
http://videos.abril.com.br/info/id/8ea4314ea93dd82a48f18fdfa40c16c6
Telas | 11,6 polegadas |
---|---|
Processador | Intel Core i5 3317 U - 1,7 GHz |
Memória RAM | 4 GB DDR3 |
Armazenamento | 128 GB SSD |
Peso | 1,3 kg |
SO | Windows 8 (64 bits) |
Bateria | 1h25 min e 1h49min (modo tablet) |
Conexões | Wi-Fi, Widi,Bluetooh,microHDMI,miniVGA,2 USB (2 USB 3.0) |
Prós | Duas telas 1080p de excelente qualidade,transforma-se em um tablet com a tampa fechada e a segunda tela pode ser usada como um monitor separado,transição rápida entre telas,o display interno é fosco. |
---|---|
Contras | Interface inconsistente (uma tela é sensível ao toque, mas a outra não), a GPU integrada às vezes não dá conta de gerenciar duas telas ao mesmo tempo,esquenta demasiadamente,não tem slot de SD. |
Conclusão | Com seu principal trunfo apresentando problemas, o Asus Taichi 21 sai em desvantagem, mas não fica de fora da briga no mercado de híbridos com Windows 8. |
Configuração | 8 |
Vídeo e Áudio | 8,5 |
Usabilidade | 8 |
Design | 8,2 (notebook) 7,8 (tablet) |
Bateria | 6,9 |
Média | 7.9 |
Preço | R$ 5.699 |