Zenfone 2: o smartphone principal da Asus atualmente que conquistou brasileiros pelo custo-benefício (EXAME.com)
Lucas Agrela
Publicado em 12 de fevereiro de 2016 às 04h56.
São Paulo – A Asus lançará sua linha de smartphones chamada Zenfone 3 no mercado brasileiro no segundo semestre deste ano.
Os novos aparelhos serão os mais potentes do portfólio da marca no Brasil, dessa forma, assumindo o posto da linha Zenfone 2, que chegou por aqui em agosto do ano passado, de acordo com Marcel Campos, gerente de marketing da Asus para América do Sul e Índia.
Os smartphones da família Zenfone 3 ainda não foram sequer apresentados oficialmente, indicando uma mudança no cronograma de lançamentos da Asus, que revelou ao público os integrantes da linha Zenfone 2 durante a feira de tecnologia de Las Vegas, a CES, em janeiro do ano passado.
Campos destaca que o item mais vendido pela empresa no mercado brasileiro ao longo de 2015 foi o seu smartphone de estreia, o Zenfone 5, lançado no segundo semestre de 2014. No entanto, ele ressalta que o Zenfone 2 deve ulprapassá-lo em breve. "Vemos isso como uma ótima notícia para nós, já que esse é um produto que custa quase o dobro do preço do Zenfone 5", afirmou o executivo.
Mas manter a estratégia de preços apelativos que a Asus adotou no seu primeiro ano no mercado de smartphones brasileiro é um desafio a ser vencido. Isso porque no final do ano passado, o governo optou pelo fim dos benefícios fiscais da Lei do Bem, que dava alícota zero de PIS/Cofins para as fabricantes que montavam no Brasil smartphones com preço final de até 1.500 reais. E essa medida vai afetar, sim, os preços de produtos da Asus em 2016, apesar da empresa taiwanesa ter investido pesado no mercado nacional, mesmo em tempos de crise econômica.
"O que queremos e trazer produtos de qualidade, diferencial e que sejam bonitos", declarou Campos, quando perguntado sobre a estratégia de lançamento de smartphones no Brasil em 2016. O gerente de marketing da Asus disse ainda que, no segundo semestre, outro smartphone da marca chegará por aqui com memória de 128 GB para guardar arquivos e apps. O primeiro – e único – modelo com sistema Android e essa capacidade de armazenamento à venda é o Zenfone 2 Deluxe, que sai por 2.000 reais ou 3.000 reais, caso o consumidor opte pela versão que tem slot e cartão microSD de mais 128 GB.
A Asus optou por adiar o lançamento do relógio inteligente Zenwatch 2 no território nacional por dois motivos: a falta de incentivos fiscais para a montagem de smartwatches e a alta do dólar, fatores que fariam com o que o preço do aparelho ultrapassasse o valor de 1.000 reais.
A Motorola lançou o smartwatch chamado Moto 360, no ano passado, por 799 reais. Sem incentivos para a montagem, a companhia optou pela importação das unidades comercializadas por aqui. Agora, desde janeiro deste ano, a companhia vende também o Moto 360 Sport, uma versão do relógio com tecnologias de tela distintas e GPS integrado. O preço do aparelho é de 2.000 reais.
Na visão da Asus, a empresa consegue competir com a Motorola no mercado brasileiro de celulares. Já a Xiaomi, que começou a vender aparelhos por aqui em meados de 2015, não teria cumprido suas expectativas. "Estamos num patamar em que podemos brigar cabeça-a-cabeça com uma Motorola da vida. Já a Xiaomi... tivemos uma campanha de marketing agressiva para aproveitar lançamento de empresa, que é algo que gera muito buzz. Mas se olharmos os números da empresa hoje, notamos que ela precisa se arrumar bem para continuar por aqui de forma agressiva. Eles estão tímidos e aprendendo", alfinetou Campos, citando que a Asus aprendeu sobre o mercado nacional por ter lançado notebooks e tablets antes de trazer seus celulares.
A Xiaomi não compartilha quantos smartphones vendeu no Brasil desde que chegou por aqui. O que a empresa informa é que vendeu 10 mil unidades do modelo Redmi 2 (que sai por 500 reais à vista) nos primeiros dois eventos de vendas em seu site oficial, em julho. Desde então, a empresa deixou de oferecer seu site como único ponto de vendas e fez parcerias com a operadora Vivo e com a B2W para comercializar celulares.
A liderança do mercado de smartphones ainda é da Samsung, responsável por cerca de 40% das vendas no país, segundo dados de um relatório da IDC. Esse mesmo levantamento indica que a Motorola tem aproximadamente 15% do marketshare no território nacional.
"Asus vai crescer muito aqui no Brasil por causa dos produtos que vamos trazer nos próximos seis ou oito meses", declara Campos, com otimismo – apesar da crise econômica que o país atravessa.