Julian Assange: o fundador do WikiLeaks afirma que possível extradição para a Suécia é pretexto para que ele seja julgado por crimes sexuais nos EUA (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2012 às 22h29.
Londres - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse na quinta-feira que "a porta está aberta" para negociações que o permitam deixar a embaixada do Equador em Londres, onde está refugiado há seis meses para evitar uma extradição para a Suécia, onde é suspeito de crimes sexuais.
O ex-hacker de 41 anos fez um pronunciamento numa sacada no andar térreo da embaixada, na sua primeira aparição pública em vários meses. A Grã-Bretanha diz que irá prender Assange se ele deixar o edifício diplomático, que possui imunidade.
"Se tornou meu lar, meu escritório e meu refúgio", disse ele, que prometeu manter o trabalho do WikiLeaks na divulgação de mais 1 milhão de arquivos sigilosos.
A atividade do site - inclusive na revelação de segredos diplomáticos e militares - irritou o governo norte-americano, e Assange diz que o pedido de extradição da Suécia é apenas um pretexto para que ele possa posteriormente ser enviado para os EUA e julgado.