Mensagens de ódio: "O Twitter me força a ver essas coisas, então ele também deveria ver" (Reprodução/Reuters)
Reuters
Publicado em 8 de agosto de 2017 às 17h02.
Última atualização em 8 de agosto de 2017 às 17h05.
Berlim - Um artista alemão-israelense que acusa o Twitter de não ter apagar postagens de discurso de ódio resolveu agir por conta própria e colocou as mensagens ofensivas diante da sede da empresa em Hamburgo, na Alemanha.
Um vídeo compartilhado no YouTube mostra Shahak Shapira e alguns outros artistas grafitando tuites como "a Alemanha precisa de uma solução definitiva para o Islã" e "vamos mandar judeus para a câmara de gás" - referências claras ao genocídio de judeus na Europa durante o regime nazista na Segunda Guerra Mundial.
Shapira disse que denunciou cerca de 300 comentários com discurso de ódio no Twitter, mas recebeu apenas nove respostas da rede social.
"O Twitter me força a ver essas coisas, então ele também deveria ver", disse no vídeo, publicado na segunda-feira, descrevendo os comentários como violações das diretrizes comunitárias da rede social.
Um porta-voz do Twitter disse à Reuters que a empresa não comentaria as especifidades de contas individuais por questões de privacidade, mas afirmou que aplica rigorosamente suas regras e intensificou o policiamento de abuso em sua plataforma.
O Twitter está atualmente agindo dez vezes mais contra contas abusivas do que no mesmo período do ano passado, acrescentou.
O artista disse que o Facebook tem sido mais eficiente do que o Twitter em responder seus pedidos, removendo 80 por cento dos cerca de 150 comentários com discurso de ódio que reportou.
Nas poucas ocasiões em que o Twitter removeu as publicações ofensivas, Shapira disse que nunca recebeu um relatório sobre as ações adotadas.