artico (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2014 às 07h21.
A região Ártica continua a esquentar em ritmo mais rápido que o resto do planeta, e com mais consequências para a vida no continente, afirmam cientistas.
As novas descobertas aparecem no Arctic Report Card, um relatório anual da agência americana que cuida dos oceanos e da atmosfera.
O relatório lista as mudanças causadas pela elevação da temperatura no mundo, especialmente aquelas geradas pela emissão de gases do efeito estufa.
A cobertura da neve, medida desde 1967, estava abaixo da média e atingiu um recorde negativo em abril na região do Ártico que fica sobre a Eurásia.
A temperatura da superfície do mar está crescendo, especialmente no Mar de Chukchi, no nordeste do Alasca, onde as águas estão esquentando em uma taxa de quase 0,5 graus celsius por década.
A extensão do gelo do mar do Ártico, que diminui durante o verão, não atingiu um recorde negativo em 2014.
Mas foi a sexta menor desde que começou a ser medida em 1979 segundo os cientistas, as oito menores extensões aconteceram nos últimos oito anos.
Não podemos esperar recordes todos os anos, afirmou Martin Jeffries, pesquisador que editou o relatório.
Com menos gelo e mais água, a luz do sol penetrou no oceano, levando a uma explosão de pequenas plantas marinhas. Na terra, o verde da tundra continua a aumentar, indicando menos áreas cobertas por neve.
Muitos cientistas esperam que o Ártico fique sem neve no verão até o final do século.