Clientes testam iPads da Apple na loja da companhia, no centro de Xangai: há quem durma na fila em dia de lançamento para poder revender os produtos novos (Aly Song/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2012 às 14h49.
Xangai - A Apple tem mais lojas na Pensilvânia do que em toda a China, onde garante por 20 por cento do faturamento, e o ritmo lento de expansão pode custar mais do que apenas vendas.
As seis lojas da Apple na China estão sempre lotadas, e os compradores muitas vezes precisam esperar em longas filas para deixar o iPhone no conserto. Há quem durma na fila em dia de lançamento para poder revender os produtos novos.
A companhia californiana é conhecida pelo cuidado com as lojas próprias, e disse caminhar a um ritmo lento na China porque espera pelas melhores localizações. No entanto, a expansão no varejo chinês ficou bem aquém das metas da própria Apple.
Em 2010, o então vice-presidente de varejo da Apple, Ron Johnson, previu que a empresa teria 25 lojas na China até 2012.
"Certamente existe mais demanda do que a Apple pode atender com o atual número de lojas", afirmou Torsten Stocker, sócio da consultoria Monitor Group.
A procura por produtos da Apple gerou um movimentado mercado paralelo de produtos vendidos por pessoas não autorizadas. Lojas que copiam as da Apple proliferaram nas cidades pequenas, que não contam com uma original.
Esse frenesi todo em torno da Apple deve aumentar agora, depois que a companhia aceitou pagar 60 milhões de dólares à chinesa Proview Technology para encerrar um processo pela marca "iPad" no mercado chinês, em que poderá vender livremente o tablet.
A Apple tem duas lojas em Pequim, três em Xangai e uma em Hong Kong. Representantes do governo chinês informaram no mês passado que a empresa planeja abrir outras duas, em Chengdu e Shenzhen. A China tem 1,3 bilhão de habitantes.
Na Pensilvânia, estado norte-americano com população de 12,7 milhões de pessoas, são oito lojas, três delas em Pittsburgh.
A Apple se recusou a comentar o assunto.