Steve Jobs, fundador da Apple: de acordo com a Intebrand, empresa "mudou mentes ao mudar o que as pessoas carregam nas mãos" (Justin Sullivan/Getty Images)
Victor Sena
Publicado em 22 de outubro de 2020 às 16h45.
Última atualização em 22 de outubro de 2020 às 21h32.
Pelo oitavo ano seguido, a Apple está em primeiro lugar como a marca mais valiosa do mundo. Em 2020, seu valor cresceu 38% e chegou a 322,9 bilhões de dólares. Logo atrás, estão Amazon e Microsoft. A vida está mais complexa, a rotina mais intensa, mas a EXAME Academy pode ajudar a manter a mente em foco.
Os dados são da consultoria Interbrand, do grupo Omnicom, que divulga ano a ano um ranking com as 100 maiores marcas do mundo.
De acordo com a pesquisa, o sucesso da empresa fundada por Steve Jobs deve-se não ao que a marca "diz" sobre si, mas sobre o que faz.
"São os produtos da Apple, tecnologias e lojas que falam a filosofia da organização de bela simplicidade e individual empoderamento — muito mais do que qualquer campanha jamais poderia fazer. Na medida em como muitos falam sobre a aura da marca, a Apple mudou consistentemente o que estava na mente das pessoas ao mudar o que estava em suas mãos", argumenta o relatório.
Na última semana, a empresa parou mais uma vez o mundo com o lançamento do seu novo celular, o iPhone 12.
Neste ano, de acordo com o relatório, empresas já consolidadas e do ramo da tecnologia mostraram crescimento e estão dominando o perfil do ranking. Esses fatores estão diretamente ligados à pandemia do novo coronavírus.
YouTube, Zoom e Instagram, que nunca tinham figurado nesse Top 100, entraram após dispararem em valor. O Instagram está em 19º lugar, o YouTube em 30º, e o Zoom chegou a 100º, após crescer 389%, impulsionado principalmente pela forte utilização de videochamadas durante a pandemia.
A Microsoft, que por décadas foi considerada a principal rival da Apple, alcançou a terceira posição pela primeira vez, no lugar que antes pertencia ao Google, que teve um declínio de 1% neste ano e foi parar em quarto lugar.
A empresa fundada por Bill Gates conseguiu chegar ao pódio das três marcas mais valiosas devido a um crescimento de 53%.
Esse crescimento também faz com que a Microsoft esteja entre outro Top 3: formado pelas empresas que tiveram mais crescimento, ao lado da vice-líder no ranking geral Amazon (60%) e do Spotify (52%), que está em 70º lugar.
Das 100 empresas que estão no ranking, 43 ganharam valor desde 2019 e 57 perderam. No passado, apenas 29 tinham recuado nesse quesito.
De acordo com a Interbrand, isso é um efeito da pandemia e de momentos de crise, quando o “contrato” tácito entre organizações e pessoas é reformulado. Nesses momentos, o consumidor tende a exigir mais das marcas e começa a ver seu consumo como um voto de confiança.
Com a ascensão das empresas de tecnologia nos últimos anos, diversas marcas perderam lugar no ranking, que é produzido desde 1988. Dessas 100, apenas 41 empresas já estavam nele no ano 2000.
*Anteriormente informamos que os valores seriam em milhões de dólares, mas o correto é bilhões de dólares, como já pode ser visto nesta versão correta do texto.