iPhones (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de janeiro de 2014 às 08h00.
A Apple nunca trabalhou com a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos e não tem conhecimento de tentativas de espionagem de seus smartphones, afirmou a empresa em resposta a uma reportagem de que a agência teria desenvolvido um sistema para hackear e monitorar iPhones.
A revista alemã Der Spiegel afirmou nesta semana que uma unidade secreta da NSA, que está sendo fortemente criticada pela extensão e profundidade de seus programas de espionagem em todo o mundo, desenvolveu um processo e um programa especializados para se infiltrar e controlar uma infinidade de dispositivos de computação, incluindo telefones móveis.
A reportagem incluiu um gráfico da NSA datado de 2008 que delineou um sistema em desenvolvimento chamado DROPOUTJEEP, descrito como um "programa implante" que permite aos infiltrados monitorar e recuperar dados de iPhones, como listas de contatos. A revista se referiu a ele como um "trojan", ou programa mal-intencionado que ajuda hackers a entrar em sistemas protegidos.
A reportagem, publicada no domingo, não sugere que a Apple tenha colaborado com a agência de espionagem dos Estados Unidos no desenvolvimento de programas do tipo.
Em comunicado divulgado nesta terça-feira, a NSA não se pronunciou sobre qualquer alegação específica, mas disse que o seu interesse "em qualquer tecnologia é impulsionado pelo uso dessa tecnologia em alvos de inteligência estrangeiros."
"Os Estados Unidos perseguem sua missão de inteligência com cuidado para garantir que os usuários inocentes dessas mesmas tecnologias não sejam afetados", acrescentou a agência.
O iPhone foi um produto relativamente inovador em 2008, ajudando a revolucionar a indústria de telefonia móvel.
"A Apple nunca trabalhou com a NSA para criar um programa secreto em algum dos nossos produtos, incluindo o iPhone. Além disso, não temos conhecimento deste suposto programa da NSA que teria como alvo os nossos produtos", disse a empresa em comunicado.
"Vamos continuar a usar nossos recursos para ficar à frente dos hackers mal-intencionados e defender nossos clientes de ataques à segurança, independentemente de quem estiver por trás deles", acrescentou a empresa.
(Reportagem de Edwin Chan)