Los Angeles - A Apple fez uma pequena homenagem nesta sexta-feira ao seu cofundador Steve Jobs, um ano depois de sua morte, na qual o executivo-chefe da empresa, Tim Cook, afirmou que Jobs 'fez do mundo um lugar melhor'.

Um vídeo de um minuto e 45 segundos com imagens em preto e branco do criador do iPhone, música e trechos da sua voz nos eventos em que apresentou o iMac, o iPod, o iPad 2 e o famoso smartphone foi o ato público mais notório da Apple em homenagem ao seu cofundador.

A empresa optou por evitar grandes atos em homenagem a Jobs, cujo legado foi reconhecido após sua morte em 2011 com um concerto funeral para os funcionários da empresa em Cupertino, no norte da Califórnia, no qual tocaram Coldplay e Norah Jones e que também contou com a presença do ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore.

O vídeo comemorativo foi colocado no site da empresa junto com uma breve mensagem daquele que foi o braço direito de Steve Jobs e seu substituto como executivo-chefe da Apple, Tim Cook.

No texto, o executivo classificou a morte do ex-líder da companhia como um momento 'triste e difícil' e se mostrou esperançoso que, um ano depois, Jobs continue servindo como inspiração para outras pessoas.

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'Um dos maiores presentes que Steve deu ao mundo foi a Apple', afirmou Cook ao reconhecer que os 'valores' e 'fundamentos' da empresa foram obra de Jobs.

'Compartilhamos o grande privilégio e responsabilidade de levar seu legado para o futuro', declarou Cook.

O executivo-chefe da Apple concluiu sua carta dizendo que está 'incrivelmente orgulhoso' com o trabalho que está fazendo na companhia que, sob sua direção, se transformou na entidade de maior valor de mercado da história e lançou uma nova geração de iPods, iPads e iPhones.

Os números confirmam sua boa gestão, embora Cook tivesse que se desculpar em uma ocasião por causa das deficiências de um de seus novos produtos, o aplicativo de mapas com o qual substituiu o Google Maps em seus dispositivos móveis.

Cook não despertou o mesmo entusiasmo que Jobs, uma referência no Vale do Silício e cuja morte originou uma onda de homenagens similar a que aconteceu após o falecimento de Michael Jackson em 2009.

Atualmente, Jobs continua sendo um assunto para as manchetes dos jornais. Esta semana vazou uma gravação de um discurso de 1983 na Conferência Internacional de Design em Aspen, no Colorado, na qual antecipou os conceitos do que mais tarde seria o iPad e a plataforma de venda de softwares App Store.

É sabido que o desenvolvimento dos tablets - que já apareceram na série 'Jornada nas Estrelas: A Nova Geração' (1987) - foi durante muito tempo uma ideia impulsionada pela Microsoft e o próprio Bill Gates apresentou o 'tablet PC' em 2002, oito anos antes do lançamento do iPad. Mas foi Jobs quem conseguiu o sucesso nessa empreitada.

O cofundador da Apple também esteve presente na campanha eleitoral para a presidência dos EUA, já que tanto Barack Obama, que busca a reeleição com o partido Democrata, quanto seu rival republicano, Mitt Romney, o citaram como um exemplo do sonho americano em comícios de campanha.

Sua biografia foi o livro mais vendido na loja virtual da Amazon em 2011 e tudo o que gira em torno de Jobs é agora suscetível em se tornar um negócio lucrativo.

Na quinta-feira, o jornal The New York Times informou que uma mulher chamada Chrisann Brennan, namorada de Jobs na adolescência, com quem realizou uma viagem espiritual à Índia e teve uma filha da qual ele não reconheceu, Lisa Brennan-Jobs, planeja publicar suas memórias.

Hoje em Cupertino - local onde Jobs cresceu, conheceu Chrisann e fundou sua empresa - a bandeira da cidade foi hasteada em meio mastro em homenagem ao homem que teve um 'profundo impacto' nessa comunidade, disse o prefeito Mark Santoro.

Steve Jobs faleceu aos 56 anos em sua casa em Palo Alto, no Vale do Silício, no dia 5 de outubro de 2011 por conta de um câncer no pâncreas do qual padecia há vários anos.