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Apple e Facebook suprimem conteúdos de promotor de teorias da conspiração

Alex Jones é um afiliado à extrema direita que se tornou celebridade graças às suas teorias da conspiração sobre o massacre de Sandy Hook, em 2012

Alex Jones: texano evocou várias teorias, segundo as quais governo americano teria ordenado ataques como os de 11 de setembro (Lucas Jackson/Reuters)

Alex Jones: texano evocou várias teorias, segundo as quais governo americano teria ordenado ataques como os de 11 de setembro (Lucas Jackson/Reuters)

A

AFP

Publicado em 6 de agosto de 2018 às 19h46.

A Apple suprimiu vários podcasts do americano Alex Jones, enquanto o Facebook retirou quatro páginas de sua plataforma por considerar que "glorificam a violência" e incitam ao ódio.

Fundador do site InfoWars, Alex Jones é uma personalidade midiática afiliada à extrema direita que se tornou uma celebridade graças às suas teorias da conspiração sobre a matança de Sandy Hook, ocorrida em 2012.

Desde o ataque a tiros perpetrado por Adam Lanza em uma escola primária de Connecticut que deixou 26 mortos, entre eles 20 crianças, Alex Jones afirmou em repetidas ocasiões que o massacre foi uma encenação.

Jones afirma que os pais das crianças vítimas da matança na verdade eram atores pagos para interpretar um papel.

Várias famílias de vítimas assassinadas levaram Jones ante a justiça, acusando-o de propagar teorias para aumentar sua audiência e seus rendimentos.

O texano, de 44 anos, evocou várias outras teorias da conspiração, segundo as quais o governo americano teria ordenado vários ataques terroristas como os de 11 de setembro.

Há alguns dias, o Facebook retirou quatro vídeos de páginas de Alex Jones que violavam suas políticas de redes sociais sobre o discurso de ódio e assédio, indicou nesta segunda esta plataforma em uma mensagem.

Desde então, Jones publicou conteúdos suplementares no Facebook, o que levou o grupo a suspender suas quatro principais páginas de extrema direita.

Estas páginas são acusadas de "glorificar a violência" e "utilizar uma linguagem desumanizada para descrever as pessoas transgênero, muçulmanas e imigrantes", em violação ao regulamento interno do Facebook.

A rede social detalhou que foi a linguagem utilizada, e não as teorias da conspiração transmitidas por Alex Jones, o que a impulsou a suprimir as páginas.

A Apple retirou de sua plataforma a maior parte dos podcasts de Alex Jones, constatou a AFP, uma informação que inicialmente foi revelada pelo BuzzFeed.

A Apple não respondeu uma solicitação da AFP para comentar esta decisão e especificar seu alcance.

No fim de julho, o YouTube retirou quatro vídeos publicado por Alex Jones e o suspendeu por 90 dias. Seu canal segue sendo acessível nesta plataforma de vídeos on-line.

"O establishment está atacando a liberdade de imprensa, aqui nos Estados Unidos", afirmou Jones no último vídeo que postou no YouTube, há uma semana.

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