Apple Music: serviço terá músicas em alta qualidade, assim como Amazon Music e Tidal (Apple/Divulgação)
Lucas Agrela
Publicado em 17 de maio de 2021 às 16h58.
Última atualização em 17 de maio de 2021 às 17h07.
Para seu acervo de 75 milhões de músicas, o serviço de streaming de música Apple Music passa a contar com um novo padrão de qualidade sonora. Rival do Spotify, o Apple Music agora tem a tecnologia chamada Spatial Audio, compatível com o padrão Dolby Atmos, adotado em fones de ouvido e smartphones. A tecnologia visa oferecer uma experiência sonora diferente do padrão ao passar a impressão de que o som vem de diferentes direções, o que a Apple chama de uma “experiência imersiva”.
O lançamento está alinhado com os fones de ouvido da companhia, tanto os AirPods quanto os Beats, desde que eles tenham os chips H1 ou W1. Os iPhones mais recentes também são compatíveis com a nova tecnologia do Apple Music.
Outra mudança que o Apple Music traz aos assinantes é o áudio sem compressão, chamado de Lossless Audio. A proposta é que os assinantes possam ouvir “exatamente o que os artistas criaram em estúdio”.
“O Apple Music está fazendo seu maior avanço em qualidade de som”, disse Oliver Schusser, vice-presidente de Apple Music e Beats.
Com as novas mudanças na qualidade de som, o Apple Music avança na competição contra o sueco Spotify , o francês Deezer e os americanos Amazon e Tidal. O Spotify e o Deezer têm planos de preços mais altos para quem quiser ouvir música com o máximo da qualidade, enquanto a Amazon e a Apple agora oferecem o benefício cobrando o preço padrão de assinatura mensal.
De acordo com dados do balanço do primeiro trimestre de 2021, o Spotify tem 365 milhões de usuários ativos mensalmente e 158 milhões de assinantes. Segundo estimativas de junho do ano passado, o Apple Music teria 72 milhões de assinantes. Já o Amazon Prime, que inclui a versão básica do streaming de música da empresa, conta com mais de 200 milhões de assinantes. O Deezer não abre o número de assinantes, informando apenas possuir 16 milhões de usuários ativos. Vale notar que tanto a Apple quanto a Amazon possuem serviços por assinatura que abarcam diferentes streamings de vídeo e áudio, além de outros benefícios.
Segundo a consultoria alemã Statista, o mercado global de streaming de música em 2021 terá receita total de 23 bilhões de dólares, um aumento de 16,7% em relação ao número do ano de 2020. Por pessoa, o gasto anual estimado é de cerca de 190 reais. A maior parte do montante será gerado nos Estados Unidos, responsáveis por receita de 8,6 bilhões. Até 2025, a previsão da consultoria é de que o setor atinja faturamento mundial de 33 bilhões de dólares. Com isso, o setor ainda tem muito a avançar na conquista de assinantes ou mesmo na elevação de preços.