Xiaomi: fabricante chinesa confirmou que o próximo telefone Mi 11 não será vendido com carregador (SOPA Images / Colaborador / VCG / Colaborador/Getty Images)
Mariana Martucci
Publicado em 27 de dezembro de 2020 às 13h29.
Lei Jun, CEO da fabricante chinesa de smartphones Xiaomi, confirmou que o próximo telefone Mi 11 não será vendido com carregador, alegando preocupações ambientais. Anúncio coloca a empresa no grupo de fabricantes que "zombaram" da Apple há poucas semanas após a decisão de não incluir carregadores na caixa do iPhone 12.
Jun fez os comentários na rede social chinesa Weibo, afirmando que as pessoas têm muitos carregadores, o que cria um impacto ambiental e, portanto, a empresa estava cancelando o carregador do Mi 11.
Pouco depois do lançamento do iPhone 12, a Xiaomi twittou que "não deixou nada fora da caixa" para seu Mi 10T Pro, adicionando um pequeno videoclipe que mostra uma caixa Mi 10T com um carregador incluso.
Há, de fato, um forte argumento ambiental para não incluir os carregadores, especialmente se forem idênticos às dezenas de outros que a maioria das pessoas já possui. Mas parece que, à medida que os fabricantes de telefones continuam aumentando os preços de seus novos dispositivos, eles estão de alguma forma encontrando maneiras de entregar menos aos clientes — sem fones de ouvido e carregadores —, mesmo que sejam peças fundamentais para o funcionamento dos aparelhos.
No início do mês, o O Procon-SP notificou a Apple para que a empresa justifique a venda de seus iPhones sem o carregador. O órgão lembrou que a Apple não garante que o uso dos adaptadores antigos não vá comprometer o carregamento e segurança do celular. “Ao comprar um novo aparelho, o consumidor tem a expectativa de que não só o iPhone apresentará melhor performance, como também o adaptador de energia”, afirmou a fundação.