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Após espionar Gmail, EUA podem limitar Twitter

O deputado americano Ted Poe pede que organizações classificadas como terroristas sejam excluídas de serviços criados por americanos, como Twitter, Google e Facebook

Twitter no computador (Getty/Getty Images)

Twitter no computador (Getty/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2014 às 15h51.

São Paulo - O deputado americano Ted Poe, eleito pelo Partido Republicano no Texas, pediu que o governo de seu país determine a suspensão de contas no Twitter de militantes do Hamas, organização política palestina.

Segundo Poe, permitir que militantes do Hamas usem o Twitter é liberar terroristas para usar a tecnologia criada por americanos para disseminar sua propaganda de ódio e violência. Em documento oficial, Poe pede que organizações classificadas como terroristas sejam excluídas de serviços de internet criados por americanos, como Twitter, Google e Facebook.

Se o governo acatar o pedido do deputado, precisaria ainda de autorização judicial para forçar o Twitter a deletar as contas do Hamas. Na prática, porém, apenas a pressão do governo americano pode ser suficiente para que o Twitter limite o uso de microblog, excluindo representantes do Hamas.

Em 2010, Visa, Mastercard e PayPal suspenderam o suporte ao WikiLeaks, após o governo americano classificar o comportamento desse serviço como perigoso para a segurança nacional. Naquele ano, o WikiLeaks publicou correspondências sigilosas da diplomacia americana e revelou casos de abusos contra prisioneiros no Iraque e Afeganistão.

Este ano, o FBI envolveu-se numa polêmica por espionar a conta de Gmail do diretor-geral da CIA, general David Petraeus. Ao ter acesso à conta de e-mail pessoal do general, o FBI descobriu que Petraeus traía a esposa. A revelação do adultério forçou Petraeus a abandonar seu cargo.

O acesso de órgãos de investigação americanos a serviços de internet que, em tese, deveriam proteger a privacidade de seus usuários, foi denunciado essa semana pela Frontier Foundation, organização francesa de defesa dos direitos do internauta.

Para a Fundação, há pouca segurança de que os internautas não tenham seus dados usados por empresas e governos sem sua autorização.

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