Motoboy no trânsito de São Paulo: de acordo com a VaiMoto, a média de tempo das corridas tem sido em torno de 40 minutos (Marcos Santos/USP Imagens)
Lucas Agrela
Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 20h27.
Apenas três meses após seu lançamento, a startup VaiMoto anunciou nesta segunda-feira (13) que o seu serviço de contratação de motoboys recebe cerca de 300 solicitações por dia.
Atualmente, a empresa conta com 2 mil profissionais em sua plataforma. A empresa espera atingir a marca de 40 mil cadastrados nos próximos seis meses.
Inspirado nos aplicativos de táxi, o VaiMoto foi criado em outubro de 2013 para facilitar a chamada de motoboys por meio de um aplicativo para smartphones com sistema Android, com suporte a partir da edição 2.3 do sistema.
O contato entre o cliente e o profissional acontece de forma direta, sem o intermédio da empresa. É preciso solicitar o serviço por meio do site oficial do VaiMoto e o motoboy vê o pedido no celular. A startup informa que, em breve, irá lançar oferecer a solicitação de serviços em smartphones como sistemas Android e iOS.
Após solicitar o serviço e receber os orçamentos daqueles que estão em um raio de até 10 km, o solicitante escolhe quem realizará a entrega. De acordo com a VaiMoto, a média de tempo das corridas tem sido em torno de 40 minutos.
Para garantir a segurança dos clientes, a empresa só permite o cadastro de motoboys com a documentação pessoal e do veículo totalmente regularizados, bem como apresentação de comprovante de residência. Assim que o usuário elege o motoboy, já recebe na tela do computador o nome e telefone pessoal, bem como a foto da pessoa.
Assim como em aplicativos como o Easy Taxi, é possível acompanhar o profissional por geolocalização de seu smartphone, desde o início da corrida até a entrega do serviço.
“As pessoas enviam documentos e objetos importantes, por isso precisam estar seguras e confiantes com o profissional que contratou”, diz Bruno Mendes, diretor de operações da VaiMoto.
A empresa diz ainda que, devido ao relacionamento direto entre motoboy e cliente, o preço do serviço pode ser até "50% abaixo do mercado".
Confira abaixo a entrevista da INFO com o fundador do VaiMoto, Daniel Muniz Silva.
Como surgiu a ideia da empresa?
Daniel Muniz Silva: A VaiMoto surgiu da necessidade que a minha outra empresa, chamada mobile DCAN+M, tinha para contratação de motoboy. Como a companhia não tinha uma necessidade muito grande por esse profissional, sempre recorríamos aos contatos dos profissionais do edifício comercial onde estamos instalados. Soma-se o fato de termos acompanhado de perto a explosão dos aplicativos de taxi.
A previsão de chegar a 40 mil motoboys cadastrados em um ano é uma meta ambiciosa. No que vocês se basearam para fazer essa projeção e como vocês divulgam o serviço?
A meta é sim ambiciosa mas estamos trabalhando forte para conseguir conquistar a maior participação possível do mercado. As informações a respeito do tamanho do mercado de São Paulo – o maior do Brasil – variam de 200 mil a 500 mil profissionais nas ruas. Levamos em consideração os resultados iniciais e o nosso planejamento de expansão para outras capitais e cidades. Acreditamos que as ferramentas que vamos lançar no decorrer do ano terão impacto positivo junto ao nosso público-alvo.
Em outubro deste ano, quantas solicitações de serviços vocês acreditam que o VaiMoto terá?
Temos como meta ter mais 100 mil solicitações.
Vocês têm planos de expandir o VaiMoto para todo o Brasil? Alguma previsão?
Sim. Mapeamos as principais areas de atuação desses profissionais e já estamos estruturando o lançamento no Rio de Janeiro. Outras cidades seguirão ainda no primeiro semestre de 2014.
Já pensaram na internacionalização do serviço, como fazem muitos aplicativos de táxi?
Estamos 100% focados no mercado nacional que é bastante complexo e muda de cidade para cidade. Internacionalizar nesse momento não faz parte dos nossos planos.
Qual o maior entrave na hora de abrir uma startup no Brasil?
O maior entrave é reunir profissionais qualificados e mantê-los comprometidos com as metas de longo prazo durante os momentos de turbulência. O brasileiro não está acostumado a pensar no médio-longo prazo. Acho que a burocracia no país é um tema bastante “batido” entre todos os empreendedores.