Grow: empresa surgiu com fusão de Yellow e Grin (Marcio Bruno/Grow/Divulgação)
Lucas Agrela
Publicado em 2 de julho de 2019 às 05h55.
Última atualização em 2 de julho de 2019 às 05h55.
São Paulo – A Grow está mudando a forma como as pessoas locomovem em grandes cidades, assim como fez a Uber. Ambas enfrentam questões regulatórias junto a governos, mas isso não as impediu de crescer em termos de número de usuários. A Grow, resultado da fusão da brasileira Yellow e da mexicana Grin, atingiu recentemente o marco de 10 milhões de corridas realizadas por usuários.
Após a fusão, a Grow recebeu um investimento adicional de 150 milhões de dólares dos fundos que eram sócios das empresas. O objetivo é levar a companhia a mais países na América Latina.
No total, os usuários de patinetes elétricas e bicicletas da Grow já percorreram mais de 14 milhões de quilômetros.
A rival Lime chegará ao Brasil nesta semana. Globalmente, a empresa tem 65 milhões de corridas feitas por usuários de todo o mundo. Recentemente, ela iniciou operações também no Peru, na Argentina, no México e no Chile.
O número de 10 milhões de corridas atingido pela Grow demonstra que a empresa tem taxa de crescimento similar ao das rivais. Lime chegou a 11,5 milhões de corridas de bicicletas e patinetes elétricas em setembro do ano passado. No mesmo mês, a Bird anunciou ter chegado ao marco de 10 milhões de corridas de patinete elétrico.
De maneira similar com o que fez a Uber no passado, a Grow busca facilitar a locomoção urbana. Para deixar patinetes e bicicletas espalhadas pela cidade, a empresa usa como proteção anti-furto um QR Code, que só libera o equipamento depois que o usuário iniciou uma corrida no aplicativo, disponível para smartphones Android e iPhones.
Em maio deste ano, a prefeitura de São Paulo apreendeu 557 patinetes, com apoio da Guarda Civil Metropolitana. O motivo era um decreto provisório que exigia cadastramento prévio de empresas que ofereçam serviços de aluguel temporário de patinetes elétricas. Com a regulação definitiva, que entrará em vigor dentro de 60 dias, não será mais permitido circular calçadas; a velocidade máxima em ciclofaixas será de 20 km/h (40km/h nas ruas); e o uso do capacete será obrigatório. Já empresas como Grow e Lime terão que fornecer equipamentos de segurança aos usuários, recolher equipamentos estacionados de maneira irregular, proteger dados de usuários, entre outras exigências.
Mesmo diante desse cenário, a Lime entra no mercado brasileiro nesta semana e deve aquecer a disputa pelos usuários de patinetes elétricas.