Parlamentares australianos estão debatendo mudanças legislativas, o que incluiria a autorização para que o órgão aplique multas de até US$ 5.200 para quem sonegar informações durante investigações (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2013 às 10h30.
Melbourne - Os exames recomendados pela Agência Mundial Antidoping (Wada) são ineficazes para flagrar o uso de substâncias proibidas, e deveriam ser complementados por punições penais a atletas que se recusam a cooperar com investigações, disse o principal dirigente olímpico australiano.
Os parlamentares da Austrália estão debatendo mudanças legislativas que reforçariam o poder da agência nacional antidoping, o que incluiria a autorização para que o órgão aplique multas de até 5.100 dólares australianos (5.200 dólares norte-americanos) para quem sonegar informações durante investigações.
Mas o presidente do Comitê Olímpico Australiano, John Coates, disse que a penalidade civil não basta, e pediu aos parlamentares que avaliem a inclusão também de penas de prisão.
"Há argumentos para reconhecermos que os exames que a Wada prescreve, e que são realizados neste país e no mundo todo, são ineficazes para flagrar o uso de doping", disse Coates na sexta-feira em audiência no Senado, em Canberra.
"Mas a Wada não está em condições de lhes dizer o que legislar. Acho que (o projeto de lei) é uma melhoria muito grande tal qual redigido, com penalidades civis, mas certamente penso que há argumentos por penalidades criminais." No mês passado, um relatório governamental na Austrália apontou o uso "generalizado" de doping entre atletas profissionais e amadores, com drogas fornecidas pelo crime organizado. Depois disso, as autoridades antidoping do país iniciaram investigações nas ligas locais de rúgbi e futebol australiano (uma variação do rúgbi).