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Anonymus ataca 300 sites por imigrantes condenados a morte

A nova ação aconteceu depois que a Justiça tailandesa sentenciou com a pena de morte em 24 de dezembro Zaw Lin e Wai Phyo, ambos nascidos em Mianmar


	Anonymous: grupos de apoio aos imigrantes denunciam que os dois acusados confessaram crimes depois de terem sido torturados
 (Paul J. Richards/AFP)

Anonymous: grupos de apoio aos imigrantes denunciam que os dois acusados confessaram crimes depois de terem sido torturados (Paul J. Richards/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 13h56.

Bangcoc - O grupo de hackers "Anonymus" atacou nesta quarta-feira 300 sites do governo e de instituições judiciais da Tailândia em represália a condenação à morte de dois imigrantes birmaneses acusados de assassinar dois turistas britânicos.

O grupo reivindicou a autoria da ação em mensagem no Facebook com a mesma assinatura usada em 5 de janeiro, quando anunciou o ataque aos sites da polícia tailandesa.

A nova ação aconteceu depois que a Justiça tailandesa sentenciou com a pena de morte em 24 de dezembro Zaw Lin e Wai Phyo (também conhecido como Win Zaw Htun), ambos de 22 anos e nascidos em Mianmar.

Eles foram considerados culpados do assassinato de Hannah Witheridge, de 23 anos, e David Miller, de 24, em uma praia de Koh Tao, uma ilha paradisíaca da Tailândia, em setembro de 2014, após um processo cheio de irregularidades.

Grupos de apoio aos imigrantes denunciam que os dois acusados confessaram ter cometido os crimes depois de terem sido torturados pela polícia e vários especialistas colocaram em dúvida a confiabilidade dos exames de DNA usados pela Justiça.

"Anonymus fecha os sites de todos os tribunais de Justiça tailandeses em protesto pelo veredicto do caso dos assassinatos em Koh Tao. Anonymus apoia a campanha para pedir aos turistas que boicotem a Tailândia até que mude a maneira como a polícia tailandesa administra as investigações nas quais há turistas estrangeiros envolvidos", disse o grupo em sua mensagem.

Ontem, a irmã de Hanna, Laura Witheridge, qualificou a investigação policial de "mal feita" em mensagem no Facebook.

No texto, ela também revelou ter recebido ameaças e acusou a maioria dos policiais tailandeses de ser "corrupta".

Após a sentença, milhares de cidadãos se manifestaram em Mianmar para denunciar que os dois condenados são inocentes e foram utilizados como "bode expiatório" pela polícia tailandesa.

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