Oi: companhia detém cerca de 30% da V.tal (Paulo Fridman/Getty Images)
Repórter
Publicado em 13 de março de 2023 às 14h13.
Última atualização em 22 de março de 2023 às 23h31.
Após pedir uma segunda recuperação judicial, a venda da V.Tal, empresa de rede neutra derivada de sua infraestrutura de fibra óptica, pode entrar no radar da Oi. O plano pode se tornar necessário na tentativa de fazer caixa para o novo momento complicado da companhia.
Mas, segundo um posicionamento de Carlos Manuel Baigorri, presidente da Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, em coletiva de imprensa, isso não será possível uma vez que a empresa neutra herdou patrimônios oriundos das privatizações das teles estatais e que são utilizados na prestação de telefonia fixa em regime público.
Sendo assim, a operadora ainda é controladora da V.tal, conforme estabelece a Resolução nº 101/1999, o Regulamento para Apuração de Controle e de Transferência de Controle em Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicações.
Atualmente, a participação societária da Oi correspode a 34,1% da V.tal, mas maior fatia da empresa está sob controle do BTG Pactual (grupo ao qual a EXAME pertence) com 57,9%.
O presidente da agência defende que é possível que a Oi faça uma nova diluição da V.tal, mas que não pode ser grande ao ponto de deixar não participar do conselheiro na administração.
Em nota, a Oi destacou que a venda de parte da V.tal foi feita sob aprovação da Anatel e que, em caso de uma nova ação do tipo, será realizada dentro do permitido pela regulamentação vigente e com nova aprovação do órgão.
O principal ativo da Oi inaugurou no início de fevereiro um novo edge data center na Praia do Futuro, região cartão postal da capital cearense.
O prédio, de 5 mil m², foi construído em 10 meses de forma integrada ao outro edge data center da empresa, totalizando um parque com cerca de 7 mil m² de área construída, capacidade superior a 5MW e mais de 600 posições de racks, que são os espaços onde as empresas colocam seus servidores.
Em bom momento, a V.tal também deu início ao projeto de implantação de um empreendimento semelhante, de 4MW, na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Os novos projetos mostram que a empresa spin-off segue em ritmo diferente.