Tecnologia

Anatel confirma liberação de vendas da TIM, Oi e Claro

Operadoras poderão voltar a vender a partir da sexta-feira

Celulares: Anatel afirmou que a suspensão das vendas, medida adotada há 11 dias, foi um recado claro para as empresas (Getty Images)

Celulares: Anatel afirmou que a suspensão das vendas, medida adotada há 11 dias, foi um recado claro para as empresas (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2012 às 19h38.

São Paulo - Durou apenas 11 dias a proibição da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para as vendas de novas linhas da TIM, Claro e Oi, que poderão retomar as atividades normais na sexta-feira.

A agência determinou, porém, que irá revisar os planos de melhorias das operadoras trimestralmente, inclusive de Vivo, CTBC e Sercomtel que não tiveram as vendas suspensas, e poderá determinar novas suspensões caso as medidas das empresas sejam ineficazes.

"Esse plano de melhorias é um primeiro passo. Ficaremos acompanhando as melhorias nos serviços de rede. Um acompanhamento fino", afirmou o presidente da Anatel, João Rezende, em coletiva de imprensa.

O órgão regulador estimou que problemas nos call centers das operadoras serão resolvidos em 30 dias, e que as melhorias nas redes podem acontecer entre 4 e 6 meses.

"Estamos cientes que o serviço não vai melhorar amanhã, mas nos call centers, é possível resolver no curtíssimo prazo", ressaltou Rezende.

O superintendente de Serviços Privados da Anatel, Bruno Ramos, disse que na primeira revisão trimestral dos planos, em novembro, a Anatel vai cobrar das empresas um "viés de melhora".


A Anatel estima que as três empresas punidas investirão 20 bilhões de reais no triênio 2012-2014. Deste total, Rezende estimou que 4 bilhões de reais referem-se ao cumprimento das exigências de qualidade.

Segundo a Agência, esses 4 bilhões de reais dividem-se entre recursos adicionais, antecipações ou remanejamentos de investimentos já programados.

As três operadoras ficaram sem poder vender novas linhas do dia 23 de julho até esta quinta-feira, em diversos Estados do país. A punição mais severa ocorreu com a TIM, que teve as vendas suspensas em 18 Estados, mais o Distrito Federal.

As ações da empresa, que desabaram mais de 8 por cento no pregão seguinte ao anúncio da punição, demonstraram certa recuperação nesta sessão após notícia da Reuters de que o fim das punições seria anunciado ainda nesta quinta-feira.

O papel teve ganhos de 3,57 por cento, a 9,00 reais, enquanto o Ibovespa caiu 1,37 por cento.

A Claro teve as vendas suspensas em três Estados, entre eles São Paulo, mercado com o maior número de usuários. Já a Oi foi suspensa em cinco Estados.

Segundo a Anatel, a TIM programou investimentos totais de 8,2 bilhões de reais até 2014; a Claro, de 6,3 bilhões de reais e a Oi, de 5,5 bilhões de reais.

Em nota enviada à imprensa nesta quinta-feira, a Claro afirmou que irá melhorar o atendimento e oferecer a capacidade necessária para atender a demanda durante a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil.

"Após esta liberação, a Claro espera retomar rapidamente sua posição nestes mercados e dar continuidade a sua estratégia de oferecer a melhor tecnologia", afirmou a empresa do grupo América Móvil, do bilionário mexicano Carlos Slim.

Já a Oi reiterou "o compromisso com a evolução da qualidade do atendimento dos serviços de telefonia celular no Brasil". A operadora disse que irá investir 24 bilhões de reais no período de 2012 a 2015.

"A Oi informa que, a partir de amanhã, suas lojas e demais pontos de venda, nos cinco estados onde vigorava a suspensão, vão funcionar normalmente." A TIM não pôde ser imediatamente encontrada para comentar a decisão da Anatel.

Acompanhe tudo sobre:3GAnatelBrasil TelecomCelularesClaroEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas italianasEmpresas mexicanasEmpresas portuguesasIndústria eletroeletrônicaOiOperadoras de celularServiçosTelecomunicaçõesTelemarTIM

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble