Central de distribuição do site Submarino (Lia Lubambo)
Rafael Kato
Publicado em 18 de setembro de 2013 às 15h57.
Relatório do HSBC mostra preocupação sobre a empresa de e-commerce B2W, detentora de marcas como Submarino, Shoptime e Americanas.com. O documento que INFO teve acesso afirma: continuamos preocupados com a B2W, principalmente por duas razões: escoamento do fluxo de caixa e alavancagem de investimentos em infraestrutura.
Para os analistas do banco, o investimento de R$ 1 bilhão que a empresa realiza na melhoria na infraestrutura de distribuição não é capaz de reverter o cenário pessimista. Acreditamos que mesmo depois da infraestrutura pronta, o custo da operação dos serviços de execução de pedidos pode continuar a pressionar para baixo as margens, mantendo os resultados no vermelho.
Segundo o banco, o crescimento da receita foi prejudicado por conta da memória negativa dos clientes em relação aos serviços da empresa. Em março de 2012, após o alto número de reclamações, o Procon suspendeu o funcionamento dos sites por 72 horas e aplicou uma multa de R$ 1,744 milhão.
Como o mercado de comércio eletrônico está mais competitivo, qualquer investimento agora significa um ônus financeiro sobre a empresa. É o seguinte paradoxo: apesar de aumentar o número de clientes e de compras, o lucro da empresa não cresce no mesmo ritmo. Nas palavras do HSBC: cada dólar incremental na receita, reduz o lucro em um valor maior. Em números aproximados, para cada R$1 em receita adicional, o EBITDA diminui em um pouco mais de R$1.
O banco reforça que a administração da B2W não parece estar preocupada com a situação, pois acredita que é a hora de investir. É esperado lucro só daqui a três anos. O banco também lembra a capacidade da empresa de e-commerce de resolver a questão de credibilidade e reduzir o número de reclamações no Procon.
Apesar das ressalvas, o HSBC classifica as ações da B2W como de alto risco e coloca o preço alvo de cada papel em R$ 3.