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ANA espera plano da Sabesp para liberar volume morto do Cantareira

Em nota distribuída à imprensa, a agência informa que recebeu, no último dia 26, o plano da Sabesp

Cantareira-2 (Reuters)

Cantareira-2 (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2014 às 06h40.

A Agência Nacional de Águas (ANA) informou que até as 18h30 de ontem (6) ainda não havia recebido, da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a nova versão do plano de operação da segunda cota do volume morto dos reservatórios do Sistema Cantareira.

Segundo a ANA, o plano e as regras de funcionamento dos equipamentos de bombeamento já instalados no sistema, e também os previstos para serem implantados, são imprescindíveis para a análise e a autorização dos volumes adicionais do segundo volume morto.

Em nota distribuída à imprensa, a agência informa que recebeu, no último dia 26, o plano da Sabesp. No entanto, na segunda-feira (29) a Sabesp enviou ofício informando que o documento necessitava de correções em seu método e modelo, razão pela qual a Sabesp solicitou prazo de cinco dias úteis para a correção e entrega de novos estudos.

O volume de água do Sistema Cantareira, principal manancial de abastecimento de água de São Paulo, teve nova baixa ontem, com o nível passando de 6% para 5,8%, o menor da história, segundo o monitoramento diário feito pela Sabesp.

Em entrevista coletiva à tarde, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, voltou a dizer que "não há e não haverá racionamento" de água em São Paulo. Segundo ele, não falta água na capital paulista, e os problemas apontados por consumidores seriam apenas "pontuais".

"Não tem falta [de água]. Aqueles casos [apontados por consumidores] é só nos mandar que vamos verificar. A única hipótese para a falta é quando se troca de sistema. Mas é uma coisa pontual e transitória", disse ele.

Para Alckmin, está havendo exploração política do caso. "Disseram que em fevereiro faltaria água, não faltou. Veio março, abril, maio, junho, julho, agosto e setembro. Acabou o inverno e já entramos na primavera e não vai faltar [água]. Temos uma reserva de mais de 200 bilhões de litros de água, e nem pretendemos utilizar tudo isso".

O governador salientou, no entanto, que vai manter o bônus para os consumidores que reduzirem o uso de água no estado. "Queremos manter o bônus, inclusive no período das águas, para poder recuperar os reservatórios", falou ele, em entrevista no comitê eleitoral de Aécio Neves, na capital paulista.

Alckmin disse que, a partir do dia 30 deste mês, parte do volume do Sistema Guarapiranga passará a ser utilizado em complemento ao Cantareira. Segundo ele, a medida será suficiente para não faltar água. "Temos também uma segunda reserva técnica cujas obras estão prontas", acrescentou.

Editor Stênio Ribeiro

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