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América Latina e Caribe terão 17 mi casos de câncer em 2013

Os pesquisadores estimam que o câncer deverá matar cerca de 1 milhão de pessoas anualmente nos países latino-americanos, nos próximos 17 anos


	Segundo o estudo, morrem de câncer na região cerca de 13 pessoas em cada 22 casos diganosticados
 (Sam Panthaky/AFP)

Segundo o estudo, morrem de câncer na região cerca de 13 pessoas em cada 22 casos diganosticados (Sam Panthaky/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2013 às 20h24.

São Paulo – Os países da América Latina e do Caribe terão, em 2030, 17 milhões de casos diagnosticados de câncer, segundo pesquisa do Grupo Latino Americano para Cooperação em Oncologia (Lacog, em inglês).

A entidade é uma organização sem fins lucrativos fundada em 2008 por um grupo de oncologistas latino-americanos para o desenvolvimento de pesquisa clínica acadêmica.

O estudo alerta que os custos causados pela doença, que atualmente estão em cerca de US$ 4 bilhões ao ano, deverão subir substancialmente “se os governos não tomarem imediatamente ações coordenadas a fim de conter o impacto crescente do câncer na região”.

Os pesquisadores estimam que o câncer deverá matar cerca de 1 milhão de pessoas anualmente nos países latino-americanos, nos próximos 17 anos.

Segundo o estudo, morrem de câncer na região cerca de 13 pessoas em cada 22 casos diganosticados. O número é do que nos Estados Unidos, onde ocorrem 13 mortes para cada 37 casos, enquanto na Europa são aproximadamente 13 óbitos para 30 pacientes com câncer.

“A mortalidade por câncer na América Latina ser tão superior ao de outras regiões se deve ao fato de muitas pessoas não serem diagnosticadas com câncer antes de a doença atingir um estágio avançado”, destaca o documento, ressaltando que é muito difícil tratar esse tipo de enfermidade nos estágios mais avançados.

O coordenador da pesquisa, professor Paulo Goss, da Harvard Medical School, disse que nos últimos anos os países da América Latina focaram os investimentos em saúde na prevenção e tratamento de doenças infecciosas. “Enquanto a aplicação de recursos em doenças não infectocontagiosas, como o câncer, não ocorreu”.

De acordo com o coordenador da pesquisa, em 2020 cerca de 100 milhões de pessoas deverão ter mais de 60 anos na região, agravando ainda mais a incidência de casos da doença em função de um estilo de vida similar ao dos países desenvolvidos. “A adoção em larga escala de estilos de vida similares aos praticados em países desenvolvidos levará a um rápido crescimento do número de pacientes com câncer, um custo para o qual os países da América Latina não estão preparados”, declarou.

Entre as medidas apontadas pela pesquisa para diminuir a incidência de câncer nos países da região, o estudo propõe a adoção de programas de saúde para incentivar hábitos saudáveis, reduzindo o consumo de álcool, evitando o fumo, adotando dietas balanceadas e realizando exercícios físicos. Além disso, os pesquisadores defendem a ampliação dos investimentos na formação de médicos.

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