Tecnologia

AMD lança novos chips e desafia Intel

Os novos microchips, parte da família AMD Fusion, oferecem duração de bateria muito maior e em breve estarão disponíveis em laptops e computadores de mesa

Ao mesmo tempo, investidores da Intel vêm se interessando mais pela falta de progresso da empresa no segmento de aparelhos móveis (Justin Sullivan/Getty Images)

Ao mesmo tempo, investidores da Intel vêm se interessando mais pela falta de progresso da empresa no segmento de aparelhos móveis (Justin Sullivan/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2011 às 08h12.

São Francisco - A Advanced Micro Devices, há quase um semestre sem presidente-executivo, está lançando novos processadores dirigidos a computadores pessoais de massa, e quer desafiar as rivais Intel e Nvidia.

Os chips Llano, da AMD, que incluem processadores centrais e processadores gráficos, são dirigidos a laptops de potência média e alta e a computadores de mesa.

Os chips, parte da família AMD Fusion, oferecem duração de bateria muito maior e em breve estarão disponíveis em laptops e computadores de mesa, de acordo com a empresa.

Um ganho de um por cento de participação no mercado de notebooks elevaria o faturamento da AMD em 137 milhões de dólares, de acordo com Uche Orij, analista do UBS. Alguns analistas especulam que a Intel, cujos processadores equipam 80 por cento dos computadores mundiais, pode responder a qualquer sinal de perda de vendas por meio de um corte de preços.

As vendas explosivas do Apple iPad estão prejudicando a demanda por computadores pessoais, e os investidores puniram as ações da AMD e Intel este ano, porque nenhuma das duas conseguiu até agora conquistar território no mercado móvel.

Em janeiro, o conselho da AMD demitiu abruptamente o presidente-executivo Dirk Meyer, devido a preocupações por ele não ter direcionado esforços aos computadores tablet e celulares inteligentes.

Este ano, a Intel também lançou uma nova linha de chips para computadores pessoais que igualmente combinam processamento e funções gráficas, mas os investidores até o momento vêm se interessando mais pela falta de progresso da empresa no segmento de aparelhos móveis.

Enquanto isso, o poderio gráfico acrescentado aos novos chips da Intel e AMD deve ser mais que suficiente para muitos usuários de computadores, o que reduzirá a demanda por placas gráficas adicionais, a especialidade da rival Nvidia por muitos anos.

Ciente do futuro limitado de seu mercado base de processadores gráficos, a Nvidia está usando seus conhecimentos nesse segmento para se expandir ao setor de processadores de baixo consumo de energia para tablets e celulares inteligentes, que cresce rapidamente.

Os novos chips da AMD são fruto de sua aquisição da ATI, uma empresa canadense de projeto de chips gráficos, por 5,4 bilhões de dólares em 2006.

Acompanhe tudo sobre:ConcorrênciaEmpresasEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaIndústria eletroeletrônicaIntelNotebooksSmartphonesTablets

Mais de Tecnologia

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes