Tecnologia

AMD fecha a compra da Xilinx por US$ 35 bilhões e se aproxima da Huawei

Transação que já havia sido antecipada na semana passada foi confirmada nesta terça-feira pela gigante americana

AMD: empresa pagou 35 bilhões de dólares na compra da rival Xilinx (Bloomberg/Getty Images)

AMD: empresa pagou 35 bilhões de dólares na compra da rival Xilinx (Bloomberg/Getty Images)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 27 de outubro de 2020 às 12h53.

Em um negócio de 35 bilhões de dólares anunciado nesta terça-feira, a AMD (sigla para Advanced Micro Devices) acertou a compra da Xilinx, empresa americana que também atua com a fabricação de chips de processamento e tem como um de seus principais clientes a chinesa Huawei. É hora de investir em ações de tecnologia? Monte a melhor estratégia com os especialistas da EXAME Research.

"A AMD anuncia hoje que firmou um acordo definitivo para adquirir a Xilinx em uma transação de ações avaliada em US$ 35 bilhões", informou a empresa em um comunicado. “A aquisição reúne dois líderes da indústria com portfólios de produtos e clientes complementares.”

Com sede em San Jose, na Califórnia, a Xilinx foi fundada em 1984 por Victor Peng. A empresa produz chips semicondutores para dispositivos wireless e opera ainda com datacenters e com processadores automotivos. A companhia não revela números de faturamento, mas sabe-se que 8% da receita vem da Huawei.

Conforme a EXAME já havia noticiado, a Huawei tem interesse na Xilinx porque a empresa detém uma tecnologia chamada de matrizes de portas programáveis m campo (FPGA, na sigla em inglês). É uma tecnologia útil para o fornecimento de conexão à internet 5G em dispositivos móveis e também na fabricação de radares.

O mercado já respondeu ao negócio. As ações da AMD operam em queda de 2,7% no momento da publicação desta reportagem. A empresa está avaliada em 94 bilhões de dólares. Já as ações da Xilinx estão operando em alta de quase 10% no pregão desta terça-feira. A companhia tem valor de de 30,8 bilhões de dólares.

A transação já havia sido antecipada na semana passada. A expectativa era de que a compra da Xilinx fosse custar 30 bilhões de dólares. Na época, a empresa estava avaliada em 25 bilhões de dólares. A diferença seria paga como um prêmio.

Esta deve ser a grande transação comercial do ano – mas que ainda precisa passar pelo crivo de órgãos reguladores de mercado nos Estados Unidos. Conforme lembra o The Wall Street Journal a pandemia do novo coronavírus causou uma queda de 18% e 40% no respectivo volume de fusões e aquisições no país.

Ainda nesta terça-feira, a AMD reportou seus resultados financeiros do terceiro trimestre de 2020. A companhia obteve receita de 2,8 bilhões de dólares no período, alta de 56% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. O resultado líquido (net income) aumentou 225% e fechou o mês de setembro em 390 milhões de dólares.

Acompanhe tudo sobre:amdChipsFusões e AquisiçõesHuaweiProcessadores

Mais de Tecnologia

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes