São Paulo – A Amazon quer dominar os céus. A empresa sugeriu que uma parte intocada do espaço aéreo seja reservada para drones voarem livremente, sem quase nenhuma interferência humana.
O plano da Amazon foi revelado durante a convenção UTM da Nasa, na Califórnia (EUA). Ela propôs que uma área que fica entre 60 e 120 metros do chão seja designada para drones. Eles seriam equipados com sistemas de comunicação sofisticados e voariam em velocidades de até 110 km/h.
Além disso, a Amazon também disse que outra área do espaço aéreo deve ser resguardada. Uma zona de exclusão aérea localizada entre 120 e 150 metros do solo atuaria como uma divisão entre os aviões convencionais e os drones. A chamada “No Fly Zone” (Zona sem voo em inglês), só poderia ser utilizada em casos de emergência.
“A nossa forma de garantir a maior segurança é exigindo que, conforme o aumento no nível de complexidade do espaço aéreo, o mesmo aconteça com o nível de sofisticação do veículo”, disse Gur Kimchi, vice-presidente da Amazon, no evento.
Kimchi ainda adicionou que a proposta da Amazon é de tornar o espaço aéreo colaborativo. “Os veículos devem ser capazes de falar uns com os outros e de evitar uns aos outros, já que o espaço aéreo está cada vez mais denso em baixas altitudes”, finaliza.
Drones ainda mais sofisticados
Ainda neste ano, a gigante do varejo começou a entregar seus pacotes em 30 minutos com a ajuda de drones. Ela prevê que nos próximos 10 anos centenas desses dispositivos voadores voltados para entregas estejam sobrevoando os céus. Além disso, para a Amazon, grande parte desses drones funcionará com seu próprio controle automatizado.
Por isso, em um novo documento, a companhia estabeleceu a arquitetura de um novo espaço aéreo para drones. Para realizar esse plano com segurança, a Amazon definiu cinco características que os drones devem cumprir para que possam ser autorizados a voar dentro da nova zona a 60 metros do solo.
A primeira é ter um sistema de GPS sofisticado. Ele permitiria identificar a localização em tempo real e em relação a todos os outros drones por perto. A segunda está relacionada a uma conexão de internet confiável para manter os dados de GPS em tempo real.
As outras capacidades que o drone precisaria ter são: planejamento de voo online, conjunto de equipamentos de comunicação e sensor de última geração para evitar choques com pássaros, edifícios e cabos elétricos.
Barreiras a serem ultrapassadas
A ideia da Amazon pode ser interessante para melhorar o sistema de entregas e ainda trazer mais segurança no espaço aéreo. No entanto, a empresa terá que ultrapassar algumas barreiras para atingir o que deseja.
Primeiramente, ela terá que solucionar o problema relacionado à privacidade. Ativistas em todo mundo, especialmente nos EUA, preocupam-se com o impacto dos drones na liberdade de cada pessoa. Essa dúvida existe, pois esses dispositivos voadores, geralmente, gravam imagens e informações enquanto estão sobrevoando as cidades.
Além disso, outra parte que pode estar interessada na história são as pessoas que possuem drones de forma amadora. Atualmente, a legislação do Brasil e dos Estados Unidos não permite que tais gadgets atinjam altura superior a 120 metros. No entanto, ainda não existe uma regulamentação única para o espaço aéreo mundial.
Agora é esperar para ver se a Amazon irá conseguir convencer essas pessoas e o governo de que o projeto pode dar certo. Caso ela vença esta empreitada, nós logo veremos milhares de drones sobrevoando os céus como nos filmes de ficção científica.
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1. Paris Air Show
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1/12 (Jasper Juinen/Bloomberg)
São Paulo – Nesta semana, acontece em Paris, França, uma das maiores feiras aeronáuticas do mundo, a Paris Air Show. Lá são mostrados sempre os mais potentes veículos aéreos existentes no planeta. Empresas como Airbus e Boeing são presença garantida na feira que vai de veículos militares a drones de agricultura. Na foto acima, está o Orbiter 3, um drone de observação que está aqui em nossa seleção de aeronaves. Veja a seguir 10 das aeronaves mais tecnológicas à mostra na Paris Air Show.
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2. Boeing 787 Dreamliner
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2/12 (Jasper Juinen/Bloomberg)
O Boeing 787 Dreamliner fez sucesso recentemente. Para divulgar sua participação, a empresa gravou
um vídeo mostrando uma decolagem mais verticalizada que o normal. Na feira Paris Air Show, a Boeing fez, mais uma vez, a demonstração aos presentes. A aeronave é a segunda família 787. O avião é o mais eficiente em termos de combustível já desenvolvido pela empresa americana. A sua capacidade de passageiros fica entre 242 e 335 pessoas.
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3. Airbus H145M
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3/12 (Jason Alden/Bloomberg)
Em exposição na feira está o H145M, helicóptero militar desenvolvido pela Airbus. Ele é uma adaptação de um veículo civil e ainda aguarda homologação militar. Ele tem vidro com exibição de informações digitais, suporte para visão noturna e sistema de armamentos. Ele tem foco em missões de ataque leves, transporte de tropas, missões de reconhecimento e inteligência, entre outras. As primeiras unidades devem ser entregues no final deste ano. O primeiro cliente da Airbus para o H145M é a Bundeswehr, as forças armadas da Alemanha. Outro cliente que deve receber unidades do helicóptero no início de 2016 são as forças armadas tailandesas.
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4. Orbiter 3
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4/12 (Jasper Juinen/Bloomberg)
O Orbiter 3 é um drone fabricado pela empresa israelense
Aeronautics. Ele é usado principalmente em missões militares de vigilância e tarefas internas de segurança. Ele conta com uma câmera na parte frontal e as imagens são acessadas remotamente. Ele é lançado com um sistema de catapulta e seu pouso é vertical, com o auxílio de um sistema de paraquedas e câmaras de ar para amortecimento. Os motores do Orbiter 3 são completamente elétricos. Em missões, ele é capaz de voar a uma velocidade de 130 km/h e altitude de 915 metros.
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5. Airbus H160
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5/12 (Jason Alden/Bloomberg)
Ainda em processo de desenvolvimento pela Airbus, o helicóptero H160 apareceu na Paris Air Show. Ele foi apresentado em março deste ano pela empresa. O H160 é uma aeronave que está em desenvolvimento há mais de quatro anos – o projeto teria custo de um bilhão de euros, de acordo com fontes. Ele deve entrar na competição pelo mercado de helicópteros de tamanho média, que hoje é ocupado majoritariamente pela AgustaWestland. Além do uso civil, a Airbus espera oferecer o H160 para uso em missões de empresas de gás e petróleo, operações de busca e regate ou então para emergências médicas. O design da aeronave lembra o modelo AS365 Dauphin com curvas que lembram um golfinho. Com o H160, a previsão da Airbus é atender a um mercado com demanda de 120 a 150 aeronaves por anos.
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6. Super Heron
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6/12 (Jasper Juinen/Bloomberg)
Fabricado pela Israel Aerospace Industries (IAI), o Super Heron é um drone de alta capacidade de autonomia de voo. Ele é capaz de passar 45 horas seguidas voando sem necessidade de pouso. O alcance de controle do drone é de 250 km ou 1.000 km se controlado por satélite. A altitude máxima de voo é de 9.100 metros (ou 30 mil pés). Sua velocidade de cruzeiro é de 110 a 150 km/h. A velocidade máxima fica em 280 km/h.
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7. Avanti Evo
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7/12 (Jasper Juinen/Bloomberg)
A italiana Piaggio Aero colocou em exposição sua aeronave de luxo recém-lançada, a Avanti Evo. O desenvolvimento da Avanti Evo foi anunciado em 2014 e a primeira unidade foi entregue em abril de 2015. A aeronave tem espaço para sete passageiros e o preço dela é de 7,4 milhões de dólares. De acordo com a Piaggio Aero, a Avanti Evo traz algumas melhorias técnicas em comparação com o modelo anterior (que já tinha 10 anos de idade). Entre elas está o consumo mais inteligente de combustível, maior potência e avanços aerodinâmicos. Na foto, você pode ver a cabine reservada aos pilotos.
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8. Sagem Patroller
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8/12 (Jasper Juinen/Bloomberg)
A Safran SA é a criadora do Sagem Patroller, que é um veículo aéreo não tripulado (VANT) para missões de vigilância. A empresa oferece o Patroller em três variáveis com focos em vigilância terrestre (de longas distâncias), marítima ou doméstica. Ele tem autonomia de voo de 20 horas, capacidade de carga de até 250 kg e voa no espaço de aviação civil, identificando e desviando de outros veículos aéreos. A empresa ainda ressalta que o Patroller tem baixo custo de operação e manutenção.
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9. Airbus E-Fan
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9/12 (Jason Alden/Bloomberg)
Se a energia elétrica é o futuro dos automóveis, na aviação não é diferente. A Airbus vem trabalhando em sua turbina elétrica por alguns anos. Em julho de 2014, a empresa mostrou o primeiro voo usando a tecnologia. O uso, por enquanto, é reservado para aviões de dois lugares com foco em treinamento de pilotos. Outras versões da turbina já estão em desenvolvimento. A E-Fan 4.0, por exemplo, poderá ser usada para aviões com quatro passageiro, a expectativa é que os primeiros voos sejam feitos em 2019. Outra variante, a E-Thrust, deve ser usada para voos regionais em aviões de 90 lugares, mas ainda não existe previsão para as primeiras viagens.
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10. NH90
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10/12 (Jason Alden/Bloomberg)
O helicóptero militar NH90 fez um voo de demonstração na Paris Air Show. Ele é um helicóptero de médio porte e conta com motorização dupla. Ele é construído pela NHIndustries, que é propriedade das gigantes Airbus Helicopters, AgustaWestland e Fokker Aerostructures. O NH90 nasceu de uma demanda militar da OTAN. A organização precisava de um helicóptero de campo de batalha que tivesse capacidade de trabalhar em operações navais.
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11. Agridrone
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11/12 (Jason Alden/Bloomberg)
Como o próprio nome já sugere, o Agridrone tem como foco trabalhar em campos agrícolas. Carregado de sensores, ele capta e fornece informações sobre produtos agrícolas em produção. Entre os dados retornados pelo drone estão: biomassa, índice de área folheadas e informações sobre clorofila. A Airinov é uma empresa francesa e trabalha com o desenvolvimento do Agridrone e de seu sensor.
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12. Gosta de espaço?
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12/12 (NASA/ESA/Hubble Heritage Team (AURA/STScI))