Amazon: a empresa contesta o contrato por afirmar que existiu uma influência indevida exercida pelo presidente Trump (Picture alliance /Colaborador/Getty Images)
Reuters
Publicado em 16 de dezembro de 2020 às 10h16.
A Amazon pediu a um juiz dos Estados Unidos que suspenda um contrato de computação em nuvem de 10 bilhões de dólares do Pentágono depois que o Departamento de Defesa disse em setembro que uma reavaliação determinou que a proposta da Microsoft, que venceu o contrato, ainda representava o melhor valor para o governo.
A Amazon Web Services (AWS) disse em documento de 23 de outubro que a decisão de conceder o contrato para a Microsoft deve "ser invalidada porque é produto de parcialidade sistemática, má-fé e influência indevida exercida pelo presidente Trump", acrescentando que a decisão foi "falha e politicamente corrompida".
A Casa Branca não quis comentar, encaminhando perguntas ao Departamento de Justiça. O Pentágono não comentou imediatamente.
A Microsoft disse em comunicado na terça-feira que autoridades responsáveis pelo contrato decidiram que, dadas as vantagens técnicas superiores e o valor geral, continuamos a oferecer a melhor solução".
A empresa acrescentou que "é hora de seguirmos em frente e colocar essa tecnologia nas mãos daqueles que precisam dela com urgência: as mulheres e os homens que protegem nossa nação".
A AWS afirmou na terça-feira que, como resultado da revisão do Pentágono em setembro, "o diferencial de preços oscilou substancialmente, com a AWS agora (sendo) a oferta de menor preço por dezenas de milhões de dólares."
A Amazon, que era vista como a principal candidata a ganhar o contrato, entrou com um processo em novembro de 2019 depois que o contrato foi concedido à Microsoft. Trump ridicularizou publicamente o chefe da Amazon, Jeff Bezos, e repetidamente criticou a empresa.