Tecnologia

Amazon investe em automatização e venda presencial para atrair mais clientes

Gigante do e-commerce testa novo formato em supermercados para unificar compras físicas e online

Amazon quer conectar compras onlines e físicas em um mesmo ambiente.

Amazon quer conectar compras onlines e físicas em um mesmo ambiente.

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 10 de outubro de 2024 às 11h00.

A Amazon está experimentando a instalação de mini armazéns automatizados em lojas da rede Whole Foods nos Estados Unidos, em um esforço para atrair mais consumidores e consolidar sua participação no setor de supermercados. A novidade permitirá que clientes comprem itens do catálogo online da Amazon e produtos alimentícios do Whole Foods em um único local, oferecendo a conveniência de retirar todos os pedidos durante o checkout.

De acordo com a CNBC, a primeira unidade do projeto está sendo construída em um subúrbio de Filadélfia, na Pensilvânia, e deve entrar em operação no próximo ano. O espaço contará com robôs que selecionam e organizam produtos como garrafas de refrigerante e itens de vestuário, colocando-os em sacolas prontas para retirada. O objetivo é facilitar a vida dos clientes, permitindo que adquiram tanto produtos naturais e orgânicos, características do Whole Foods, quanto itens do portfólio variado da Amazon, sem a necessidade de visitar múltiplas lojas.

Essa estratégia visa eliminar as "viagens extras" que muitos consumidores fazem a outros supermercados, segundo a Amazon. Um estudo da Drive Research revelou que, em média, os americanos frequentam duas lojas diferentes por semana para otimizar suas compras, aproveitando ofertas e a variedade de produtos. Anand Varadarajan, chefe de produto e tecnologia do setor de mercearia da Amazon, destacou que muitos clientes buscam complementar as compras de produtos naturais com itens de marcas populares que não estão disponíveis no Whole Foods.

Amazon amplia alcance no setor de alimentos

Com esse modelo de mini armazéns, a Amazon busca intensificar sua presença em um segmento que já consome grande parte dos gastos dos consumidores americanos. A empresa enfrenta concorrência de redes tradicionais como Walmart e Kroger, além de supermercados regionais. Em 2017, a Amazon pagou US$ 13,7 bilhões (R$ 76,65 bilhões) pela Whole Foods, e desde então, tem expandido suas operações no setor com serviços como o Amazon Fresh, sua própria rede de supermercados, e a entrega de mercearia online.

Segundo o CEO da Amazon, Andy Jassy, a empresa também tem um negócio em crescimento na venda de itens essenciais do dia a dia, como papel toalha e produtos de limpeza. Com os armazéns automatizados, a empresa espera oferecer uma experiência de compra mais completa e prática, ajudando a consolidar sua presença na vida cotidiana dos consumidores.

Esse novo conceito representa mais uma tentativa da Amazon de integrar os canais de e-commerce e de lojas físicas, visando um público que valoriza a conveniência e a diversidade de opções em um único lugar. A empresa acredita que essa abordagem poderá atrair um número crescente de consumidores que desejam simplificar suas compras semanais de alimentos e produtos essenciais.

Acompanhe tudo sobre:AmazonAmazon Prime VideoEstados Unidos (EUA)RobôsIndústrias de alimentosSupermercados

Mais de Tecnologia

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble

Apple se prepara para competir com Amazon e Google no mercado de câmeras inteligentes

Procon-SP notifica Meta sobre publicidade de vapes em suas plataformas

Não é só no Brasil: X está perdendo usuários nos EUA após vitória de Trump