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Algoritmo experimental do Facebook reconhece pessoas por penteado, forma física ou roupas

Precisão de identificação é de internautas 83%

Facebook (Getty Images)

Facebook (Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 22 de junho de 2015 às 10h27.

Quando você posta uma foto na qual está olhando para frente no Facebook, a rede social sabe quem você é e sugere a marcação. Agora, um algoritmo experimental da empresa pode reconhecer pessoas pelo penteado, pela forma física ou até mesmo pelas roupas que usam.

"Há muitas pistas que nós podemos usar. As pessoas têm aspectos característicos, mesmo que você as veja de costas", afirmou Yann LeCun, chefe de inteligência artificial no Facebook. "Por exemplo, você pode reconhecer Mark Zuckerberg com muita facilidade, porque ele sempre usa a mesma camiseta cinza."

LeCun iniciou o projeto do novo algoritmo porque queria ver se poderia adaptar o reconhecimento de pessoas a situações em que os rostos não estivessem claros, o que os humanos podem fazer sem muita dificuldade.

Mais de 40 mil fotos públicas do Flickr foram analisadas para criar o algoritmo, que surgiu a partir de uma sofisticada rede neural artificial do Facebook. A precisão da identificação de pessoas dessa nova tecnologia foi de 83%. Por outro lado, a porcentragem de acertos no reconhecimento de rostos da rede social é ainda maior, sendo igual à do olho humano.

O novo algoritmo pode, um dia, fazer parte do aplicativo de fotos Moments, lançado pelo Facebook, na semana passada.

Redes neurais - Em 2013, o brasileiro Hugo Barra, ex-vice-presidente do Android e atual vice-presidente global da fabricante de smartphones Xiaomi, afirmou que as redes neurais, como essa usada pelo Facebook, mudarão a forma como usamos produtos tecnológicos. A inspiração vem da biologia.

“Nossa habilidade de compreender o cérebro ainda é restrita, mas avançará muito nos próximos anos, o que nos dará subsídios para desenvolver sistemas muito mais complexos do que os que temos atualmente. Esse fenômeno permitirá descobrir a cura de doenças incuráveis, como o Alzheimer, e também criar máquinas capazes de pensar como nós”, afirmou Barra.

Fonte: New Scientist

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