Echo Dot, o dispositivo da Alexa; assistente de voz da Amazon irá ao espaço (EXAME/Reprodução)
Laura Pancini
Publicado em 5 de janeiro de 2022 às 18h14.
Última atualização em 7 de janeiro de 2022 às 10h50.
Um pequeno passo para a Alexa, um grande passo para Jeff Bezos? A famosa assistente de voz da Amazon será enviada ao espaço como parte da Artemis I, a primeira de muitas missões do programa de mesmo nome da Nasa (cujo qual o Brasil faz parte) que irá enviar a primeira mulher a primeira pessoa negra à Lua ainda nesta década.
De acordo com nota da Amazon, a Alexa se juntará a missão como parte da Callisto, uma "demonstração da tecnologia incorporada à espaçonave Orion". A integração "ajudará os envolvidos a explorar como a tecnologia de voz e a inteligência artificial (IA) podem ajudar os astronautas em missões futuras".
A tecnologia foi construída em colaboração com engenheiros da Amazon e das empresas Lockheed Martin (aeroespacial) e Cisco (software).
Para quem tem o dispositivo em casa, a frase "Alexa, me leve para a Lua" já traz algumas informações sobre a missão prevista para acontecer entre março e abril de 2022. Mais informações e "experiências" devem ser lançadas junto com a missão.
A novidade da Alexa na missão Artemis vem meses após Jeff Bezos ter processado a Nasa por ter perdido um contrato de 2,9 bilhões de dólares para a SpaceX, justamente na construção de um foguete para o programa Artemis. Bezos também é CEO da Blue Origin, companhia aeroespacial, e 'compete' com o bilionário Elon Musk.
Em julho de 2021, Bezos chegou a escrever uma carta aberta à Nasa oferecendo um desconto de 2 bilhões de dólares na construção de uma sonda lunar, após protocolar um protesto junto ao governo americano contra a decisão da Nasa de ter escolhido a empresa de Musk. Porém, algum tempo depois, o protesto da Blue Origin foi jogado para escanteio por uma agência reguladora federal.
A missão Artemis I da Nasa, prevista para acontecer entre março e abril de 2022, será o primeiro teste do programa Artemis. Ela não será tripulada e tem como objetivo testar a espaçonave Orion, o foguete Space Launch System (SLS) e os sistemas terrestres do Kennedy Space Center, na Flórida.
A espaçonave irá lançar "o foguete mais poderoso do mundo" e viajará 450.000 quilômetros da Terra, indo além da Lua, ao longo de uma missão de quatro a seis semanas.
"A Orion ficará no espaço por mais tempo do que qualquer nave de astronautas ficou sem atracar em uma estação espacial e voltará para casa mais rápido e mais quente do que nunca", afirma a Nasa em nota.