Alexa: assistente virtual é capaz de responder perguntas sobre saúde (Amazon/Divulgação)
Tamires Vitorio
Publicado em 26 de julho de 2020 às 08h00.
Última atualização em 26 de julho de 2020 às 12h56.
"Alexa, quais são os sintomas do novo coronavírus?" --- basta perguntar isso para a assistente virtual da Amazon que a resposta é dada rapidamente, de forma completa e com base em informações do Ministério da Saúde brasileiro. Além de explicar quando a doença surgiu, a assistente também explica quais são os sintomas, período de incubação e até quantas pessoas já estão infectadas e recuperadas pela covid-19 no Brasil e no mundo.
Mas não é só na pandemia que o uso da Alexa para fins médicos se tornou possível. No Reino Unido, por exemplo, o governo britânico fez um acordo com a Amazon no ano passado para que a assistente virtual fosse capaz de oferecer conselhos médicos para doenças mais comuns, como gripe e enxaquecas. Com isso, o governo pretende facilitar o acesso às orientações sobre saúde para cegos e idosos.
Aqui no Brasil, a Alexa será capaz de falar os resultados dos exames de pacientes feitos nos laboratórios do Grupo Hermes Pardini. Para ter acesso a novidade, é preciso baixar a skill do grupo na loja da Amazon. "Sem abrir aplicativo, site ou qualquer outra plataforma, o cliente utiliza a ferramenta de inteligência artificial, para acessar e receber seus resultados com rapidez, segurança e comodidade. Essa ferramenta também será direcionada aos médicos e está em fase de implantação", disse o grupo em comunicado enviado à imprensa.
Além das skills voltadas para o SARS-CoV-2, por aqui a assistente virtual também consegue medir o índice de massa corporal (IMC) dos usuários e encontrar unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) próximas ao endereço cadastrado.
Nos Estados Unidos, está disponível também uma opção que lembra o usuário a hora de tomar os medicamentos e outra capaz de responder algumas perguntas, como interações medicamentosas.
A Amazon, no entanto, deixa claro em seu site oficial que as respostas médicas que a assistente virtual dá "não são conselhos médicos". Então não vá esperando que a Alexa consiga te receitar um remédio bom para tosse --- ela ainda não é formada em medicina.
No ano passado, um estudo conduzido pela empresa Loup Ventures apontou que a assistente virtual do Google foi capaz de responder 92,9% das perguntas sobre comércio, navegação e outros assuntos de forma correta. A Siri, da Apple, teve uma taxa de 83,1% de respostas corretas, enquanto a Alexa acertou 79,8% das questões (uma melhoria de 18,4% em relação a 2018).