(Reprodução/Getty Images)
Lucas Agrela
Publicado em 8 de fevereiro de 2019 às 14h22.
Última atualização em 8 de fevereiro de 2019 às 14h26.
São Paulo – Pouco mais de uma semana após uma reportagem do jornal americano The New York Times revelar planos de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, de unir as plataformas de seus aplicativos Instagram e WhatsApp com a sua rede social, a Alemanha se pronunciou sobre o caso e pediu que esse cruzamento de dados pare e só prossiga com consentimento. A medida afeta principalmente os usuários no país, mas pode ter repercussão em outras regiões do mundo.
"Como uma empresa dominante, o Facebook está sujeito a obrigações especiais sob as leis de competitividade", de acordo com Andreas Mundt, presidente do Federal Cartel Office da Alemanha, similar ao CADE no Brasil. O órgão entende que a união de dados deixa os usuários sem opção de escolha sobre a privacidade de informações pessoais e que a posição de liderança da empresa praticamente impede que as pessoas utilizem outras redes sociais. A empresa pode ter que esperar por quatro meses para combinar os dados de usuários dos aplicativos.
Na resposta do Facebook a esse caso, a empresa argumenta que a combinação de informações sobre as pessoas em diferentes serviços ajuda a proteger os usuários porque permite a detecção de comportamento abusivo e também facilita o encontro de pessoas cujas contas estão ligadas a atos de terrorismo, exploração infantil e interferência eleitoral.
O Facebook planeja a unificação das plataformas de infraestrutura para os seus aplicativos, incluindo Facebook, Instagram e Messenger, o que permitiria à empresa ter uma visão mais detalhada e ampla dos seus 2,7 bilhões de usuários no mundo.