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Álcool e Uber não combinam: empresa fecha negócio de bebidas adquirido por US$ 1 bilhão

Uber redireciona estratégia global para integrar serviços de entrega, incluindo álcool — nos EUA exclusivo do app Drizly — em um único aplicativo

Sede da Uber em São Francisco, nos EUA: nova estratégia para os apps de entrega (Bloomberg/Getty Images)

Sede da Uber em São Francisco, nos EUA: nova estratégia para os apps de entrega (Bloomberg/Getty Images)

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 16 de janeiro de 2024 às 16h00.

Última atualização em 16 de janeiro de 2024 às 17h10.

A Drizly, empresa adquirida pela Uber por US$ 1 bilhão em 2021, está de ressaca. O negócio, que entregava exclusivamente bebidas por aplicativos nos EUA, deixará de existir em março.

A aquisição da Drizly pela Uber fez parte de sua expansão para o negócio de entregas, impulsionada inicialmente pelo aumento das vendas devido aos bloqueios da pandemia de covid-19.

No entanto, as vendas de entrega de álcool não conseguiram capturar uma parcela significativa do mercado de bebidas nos Estados Unidos, representando apenas uma pequena fração do consumo total.

No ano passado, a Comissão Federal de Comércio dos EUA exigiu que a Drizly implementasse novas medidas de segurança de dados após um ataque cibernético que resultou no roubo de informações de cerca de 2,5 milhões de clientes em 2020.

Na conta negativa entra a falta de tração do negócio. Embora a Drizly divulgue possuir milhões de clientes, a Uber nunca especificou o número exato nos balanços trimestrais.

A companha foi fundada em 2012, e foi uma das primeiras empresas a entregar álcool, com o objetivo de revolucionar a indústria e atrair milhões de investidores para acelerar o comércio eletrônico de bebidas alcoólicas.

O grande trunfo do app era uma tecnologia que garantia a maioridade dos usuários. A solução garantia segurança e era requisitada em mercados como o canadense, bastante rigido quanto à venda de bebidas para menores de idade.

Contudo, a inovação não foi suficiente. Agora, a empresa será absorvida pelo Uber Eats, que já é a opção preferida pelos clientes, que optam pela comodidade de usar um único app para compras de mercado.

Além dos negócios de entrega de alimentos e compartilhamento de viagens, a empresa tem se esforçado para expandir o número de serviços que oferece diretamente da porta dos clientes. Com a chilena Cornershop, comprada em 2020, passou a fazer a coleta de produtos que precisam ser devolvidos em e-commerces.

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